Stranger Things seria, na verdade, a história da luta de Will contra o câncer. Sua doença já está avançada quando ele cai inconsciente e é levado ao hospital, o que na série foi mostrado como o rapto pelo Demogorgon. Ao longo de todos os episódios vemos Joyce entre o desespero e a esperança, o que equivale a uma mãe com medo de perder seu filho para a doença. A luta acaba ficando cada vez mais difícil, o tumor está se alastrando pelo sistema e Will é levado para a UTI onde é monitorado por diversos equipamentos que o sustentam, que na série são representados pelas luzes. Outro detalhe interessante é a tecnologia, o telefone, por exemplo, pode estar representando um aparelho do hospital que monitora as reações de Will…
Joyce tenta achar um significado nas luzes como se estivesse buscando a vida nos monitores que cuidam do seu filho… outra ligação entre o Mundo Invertido e a UTI seria o frio do qual o personagem reclama com frequência ao longo da série, até porque o tratamento com quimioterapia é conhecido por gerar muito frio. Apesar de tudo parecer um pouco absurdo, observe o comportamento de alguns outros personagens como Karen, por exemplo. Ela é mãe do Mike e da Nancy, sua preocupação com seus filhos por andarem a noite é pouco evidenciada, mas não só isso: Ela não parece sentir medo de que o mesmo aconteça a eles, como se fosse algo extremamente raro: Um câncer. Outro fato interessante é que quando Will some, Karen não se oferece para ajudar nas buscas, mas sim leva comida e, através deste ato, conforto e consolo a mãe desesperada.
Mas e a Onze em tudo isso? Sabemos que ela foi criada e treinada para objetivos próprios, objetivos de alguma organização… Ela é constantemente testada e acaba sendo uma conexão, um modo de entrar em contato com um outro plano e com o ‘monstro’. Porém, em algum momento, as coisas dão errado e esse monstro, que aqui também pode ser chamado de câncer, sai do controle, porém é claro que tudo isso é mantido em sigilo. Aqui, um simbolismo chama a atenção: No Mundo Invertido existem plantas que se espalham por todo o lugar, exatamente como um câncer que cresce e se alastra. Já Onze seria como a droga experimental chamada Curtisen, também conhecida como OGX-11… ONZE! Ela seria destinada a bloquear a produção do Custerin que mantem as células cancerosas vivas.
Quanto a família, o pai de Will e Johnatan só aparece para tentar tirar dinheiro através de processos judiciais, o que acontece em muitos casos de pais que perdem os filhos para o câncer. Outro fato interessante é que quando a doenç está em estágio muito avançado, os médicos alertam as famílias para que se preparem para o pior, na série isso é mostrado quando o governo cria um Will falso. Quanto mais episódios você assiste, mais paralelos traça… Outra peça fundamental é o delegado Jim Hopper, ele entende o grande sofrimento de Joyce simplesmente porque já passou por isso e perdeu sua filha. Ele faz tudo o que está em seu alcance não apenas por Will, mas porque sente que se salva-lo, é como se salvasse Sarah também. O objetivo dele é claro, ele não quer matar o monstro ou expor os crimes do laboratório, ele quer apenas salvar o menino.
No último episódio quando os flashbacks começam fica muito claro o paralelo monstro-câncer, principalmente quando mostra a morte de Sarah e, em seguida, o policial libertando Will daquele tentáculo… É como se ele retirasse o tubo de traqueostomia e o trouxesse de volta, coisa que não foi possível fazer com sua filha. Vale lembrar que esse resgate só é possível porque a Onze – o remédio – está isolando o Monstro – o câncer. Os amigos de Will também podem ser interpretados como tratamentos tradicionais que, sozinhos, como o Lucas e seu estilingue, não conseguem fazer diferença, porém juntos a Onze vence o Demogorgon.
Mas e Barbara? Acredito que todos nós tivemos a mesma impressão de que esta personagem foi muito pouco aproveitada no enredo, porém podemos fazer uma analogia interessante neste caso: Tanto ela quanto os outros que foram raptados foram pegos em momentos que estavam vulneráveis emocionalmente, estudos indicam que tumores se espalham com muito mais rapidez em pacientes depressivos. E mais! Quando Barb está sendo puxada piscina a dentro, podemos ver que ela desiste, larga a escada e se deixa ser levada a morte… é como se ela tivesse desistido de lutar contra o monstro-câncer, comportamento típico de pacientes depressivos.
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