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A Colina Escarlate: A definição do encanto, paixão e angustia em belas imagens

Hoje preciso falar sobre A  Colina Escarlate (2015) dirigido brilhantemente por Guilermo del Toro em seu grande retorno às sombras, o que não acontecia desde O Labirinto do Fauno (2006). Neste meio tempo, o vimos em produções independentes como Mama (2013) e Não Tenha Medo do Escuro (2011), porém não atuando como diretor. Também fazem parte do time uma série de grandes nomes como Mia Wasikowska (Edith), Jessica Chastain (Lady Lucille Sharpe), Tom hiddleston (Sir Thomas Sharpe) e Charlie Hunnam (Dr. Alan McMichael), o que já propõe grandes expectativas.

Pois bem, vamos a história. Edith é uma jovem americana vinda de família afortunada, perdeu sua mãe muito nova e desde então vê seu fantasma. Também é extremamente criativa e possui grande imaginação, tornando-a uma aspirante a autora que já deixa claro: Seus livros não são sobre fantasmas, eles possuem fantasmas. O mesmo podemos esperar de A Colina Escarlate. Ela acaba conhecendo Sir Thomas Sharpe que vai até seu pai solicitar um empréstimo que possibilite a construção de uma engenhosa máquina capaz de extrair as terras vermelhas de onde mora para criar telhados, tijolos e mais, assim auxiliando no custo para manter seu exuberante castelo em Londres. Acontece que este grande castelo possui grande dor, sofrimento e segredos em suas paredes que são gradativamente revelados ao longo da narrativa impecável que, ao mesmo tempo que se torna previsível, também o prende com angustia até o segundo final.

Além da instigante história, precisamos falar sobre direção, figurino e fotografia. del Toro traz um trabalho impecável com apelo clássico, utilizando-se até mesmo de fade-outs em preto que sempre focam em algum elemento da imagem como se fazia antigamente, quase como uma homenagem aos grandes e antigos filmes de terror. Ele também traz uma paixão imensa em dentro de cada personagem, trabalhando as emoções de maneira excelente. A fotografia de A Colina Escarlate também foi impecável, mantendo o tom obscuro da história e também o ponto principal: a cor escarlate que se destaca nas mais diversas cenas e de diversas formas. O figurino também apresenta elementos muito interessantes, a personagem de Jessica utiliza-se em diversos momentos do vermelho que representa seu lar enquanto Mia usa vestes bufantes com cores por vezes vivas, por vezes neutras, contrastando com os sentimentos apresentados em cena.

O filme é um combo perfeito para quem gosta de uma assustadora história de amor repleta de sangue, vingança e paixão. Se está procurando algo interessante para fazer neste domingo, aconselho que corra para a Netflix que assista A Colina Escarlate. Vale a pena.

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Escrito por
Amanda Canabarro

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