O que é uma “One-man-band”, ou “banda de uma pessoa só”?

Formar banda é uma tarefa difícil. A música, assim como qualquer outra arte, é algo muito pessoal, por isso, juntar pessoas diferentes com a mesma sintonia para tocar um mesmo estilo pode demorar muito. A não ser que se disponha um bom saldo bancário para contratar músicos em um determinado projeto, não sobram muitas opções além de, literalmente, ser a própria banda que se almeja.

Registros de one-man-bands existem desde o século XIII, nome dado a artistas que tocavam vários instrumentos simultaneamente, usando uma pequena flauta em uma mão e um tamborim em outra para se apresentar, por exemplo.

Facilidade dobrada com as novas tecnologias

Nos dias atuais, com maior facilidade na produção musical, gravar músicas fica bem melhor para uma pessoa que toca vários instrumentos, pois não é necessário tocar todos ao mesmo tempo. Em outras palavras, você pode lançar um álbum solo mesmo dentro do seu quarto, gravando um instrumento por vez, juntando tudo ao fim. Veremos a seguir alguns exemplos de one-man band.

Marc Dobson

Canadense, faz uma mistura de Folk e ritmos regionais. Em suas letras, inclusive, exalta a alegria que sente em ser “uma banda de um homem só“. Dentre os equipamentos que usa vemos violão, gaita (usando um suporte encaixado em seu pescoço) e um bumbo que usa em suas costas, como uma mochila, com uma caixa, chimbal e pratos adaptados com baquetas, que ele aciona por meio de pedais e também uma corda amarrada no braço de seu violão.

Burzum

Esta se trata de uma one-man-band apenas de estúdio, sem registros ao vivo (pelo menos até o momento), na qual Varg Vikernes, que já havia participado da banda Mayhem, mais tarde veio a tocar e gravar todos os instrumentos envolvidos em suas obras (guitarras, contrabaixo, bateria e vocais). Tanto Mayhem quanto Burzum são grandes influências no movimento Black Metal.

O Lendário Chucrobillyman

O Lendário Chucrobillyman, de Itararé-SP, toca uma mistura bem Punk e divertida de ritmos como Country, Delta Blues e Rockabilly, tudo tocado por um homem só, Klaus Koti. Dentre os instrumentos tocados por Chucrobillyman estão o violão, um bumbo, que toca usando um pedal em um pé, e uma caixa de bateria adaptada com um chimbal, os quais toca acionando um pedal em seu outro pé.

Walkin’ Doug

Mais uma banda (ou mono-banda, como Chucrobilly também gosta de dizer), desta vez de Araraquara-SP. Encabeçada por Douglas Ribeiro, é um projeto que não se atenta a apenas um estilo musical, abrangendo desde o Blues, Jazz, até misturas com música eletrônica e Retrowave, estilo que tem se popularizado na Europa nos últimos anos. Aqui, Doug toca guitarra, contrabaixo e canta, além de programar as baterias e sintetizadores.

Compressorhead (bônus?)

Como assim, banda sem músicos!? Ou melhor, músicos ROBÔS? Bom, não sei se esta se enquadraria no termo, mas que foi uma ideia genial, isso sim! Enfim, deixarei que vocês tirem suas próprias conclusões.

E aí, gostou? Se você toca, mas não encontra pessoal pra formar banda, agora suas desculpas para não gravar o que tem em mente se acabaram! Mãos (e pés) à obra!