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Pescadores encontraram crânio e chifres de um alce-gigante de 10 mil anos

Um pescador e seu ajudante estavam no lago Lough Neagh, na Irlanda do Norte, no dia 5 de setembro, quando um fato bizarro transformou uma simples pescaria em uma das situações mais bizarras de suas vidas. Raymond McElroy e seu assistente, Charlie Coyle, ficaram chocados quando “pescaram” o crânio com enormes chifres de um alce em condições quase perfeitas. O fato mais curioso disso tudo é que essa pesca não foi apenas inusitada, mas também histórica, já que essa estrutura possui mais de 10 mil anos.

O crânio e os chifres pertenciam a uma antiga espécie extinta conhecida como “alce-gigante” ou “alce-irlandês” (Megaloceros giganteus) e medem cerca de 1,8 metro de comprimento, o que dá uma ideia do grande tamanho que essas criaturas tinham quando viviam na Terra. Na verdade, os alces irlandeses foram uma das maiores espécies de alces que já existiram e estão extintos há aproximadamente 10 mil anos.

O nome “alce-irlandês” é duplamente enganoso, pois essas criaturas não são nem alces nem são nativas da Irlanda. Esses grandes animais são categorizados tecnicamente como cervos e podiam ser encontrados em regiões da Europa, Ásia e no norte da África. O nome “alce-irlandês” se popularizou pelo fato de que os restos mortais dessas criaturas são mais frequentemente encontrados nos lagos e pântanos da Irlanda do que em outras partes do mundo.

“Eu pensei que fosse o próprio diabo. Eu ia devolvê-lo ao lago!”, disse Charlie Coyle ao site The Irish Times.

De acordo com Mike Simms, um paleontólogo do Museu Ulster, localizado na cidade irlandesa de Belfast, esses animais já foram capazes de viver nas planícies de gramas da Irlanda quando o clima e o ambiente eram favoráveis. No entanto, quando as florestas começaram a crescer, seus chifres maciços não permitiam que eles se locomovessem tão facilmente quanto as antigas planícies abertas possibilitavam. Simms acredita que os chifres gigantes não são ótimos no ambiente florestal e que isso, junto a outros fatores ambientais, pode ter sido uma causa determinante na extinção dessa espécie.

Em 2014, um outro pescador chamado Martin Kelly encontrou uma mandíbula inferior de um alce irlandês no mesmo lago onde McElroy e Coyle encontraram o crânio e os chifres. McElroy acredita que a mandíbula inferior pode coincidir com o crânio de alce que ele acabou de descobrir, embora os especialistas ainda não tenham confirmado ou sequer investigado essa teoria.

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Escrito por
Rômulo Silva

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