Essa rocha tem um roteador Wi-Fi que precisa de fogo para ser ligado

Em uma pequena região florestal nos arredores de Neuenkirchen, na Alemanha, encontra-se uma rocha de aparência discreta. Não existem sinais na pedra ou placas próximas a ela para chamar a atenção de quem passa por lá, mas qualquer pessoa que se aproxime pode facilmente notar que uma das extremidades da rocha está coberta de fuligem preta, o que indica que alguém ateou fogo nela. Mas por quê?

A rocha de 1,5 tonelada é na verdade uma obra de arte chamada “Keepalive” (“mantenha vivo” em português), do artista Aram Bartholl. De fato, é uma rocha real, mas ela foi modificada para esconder um roteador Wi-Fi que funciona através de um gerador termoelétrico que converte o calor diretamente em eletricidade. Os visitantes são convidados a fazer um fogo ao lado da pedra para ligar o roteador. Uma vez que o aparelho esteja ligado, os turistas podem se conectar a ele com seu smartphone e navegar na internet ou baixar uma coleção de guias de sobrevivência em PDF que variam do inútil ao bizarro.

Entre os arquivos oferecidos para download estão títulos como “Guia de namoro de A a Z”, “Um guia de sobrevivência para pais de pré-adolescentes”, “Faça você mesmo o seu divórcio”, “Guia de sobrevivência de drones” e vários outros tipos de livros digitais que você normalmente encontra ilegalmente em qualquer site de compartilhamento de arquivos na Internet. Em defesa do artista, é possível que muitos deles tenham sido enviados para o servidor pelos próprios visitantes e não pelo artista, já que é tecnicamente possível fazer isso.

Aram Bartholl já havia criado um ponto de acesso similar para compartilhamento de dados em 2010, que basicamente consistia em pen drives embutidos em paredes de locais públicos que convidavam pessoas a fazer o upload e download de arquivos de sua escolha. Essas unidades ainda estão alojadas nas paredes de alguns edifícios em Nova York.

“Keepalive”, por outro lado, fica em uma área remota e exige que os visitantes façam reservas com o proprietário para visitar a região como uma forma de evitar que pessoas aleatórias causem estragos com o fogo no chão.

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