Muito tem se falado de Nióbio, algo que aparentemente deveria valer muito dinheiro e que o Brasil estaria uma grande oportunidade comercial, porém será que isso é verdade?
O nióbio é um elemento químico encontrado na tabela periódica em Nb, ele é um elemento de transição que pertence ao grupo 5, seu nome deriva da deusa grega Níobe, filha de Dione e Tântalo. Ele é muito utilizado em ligas de aço que auxiliam na produção de tubos condutores de fluidos.
A grande polêmica em torno deste elemento é o fato do Brasil possuir 98% das reservas de nióbio existentes e conhecidas em todo o mundo, elas ficam no Amazonas, Goiás e Minas Gerais. Segundo com o Plano Nacional de Mineração 2030 que foi publicado pelo Ministério de Minas e Energia em 2011, é o Brasil quem responde por 98% da produção mundial do metal. O interessante é que basta uma pequena quantia de nióbio na composição de ligas metálicas – como aço – para torna-las mais maleáveis e fortes. Para ter ideia, de 25 a 100 gramas são suficiente para cada tonelada de aço!
Hoje o material tem sido usado para quem trabalha com a alta tecnologia. Caso você não saiba, a própria SpaceX utiliza nióbio no motor de seus foguetes. Além disso, ele é indispensável na produção de fios supercondutores encontrados em equipamentos como máquinas de ressonância magnética. Ou seja, este é um material incrível que é praticamente exclusividade do Brasil.
Acontece que por mais extraordinário que seja, o nióbio é substituível por outros materiais tais como vanádio ou titânio, ambos são encontrados no mercado mundial e caso o Brasil começasse a cobrar muito caro pelo nióbio, os compradores facilmente migrariam para outra matéria prima. Além disso, é necessária pouca quantia do elemento para que sua função seja executada, logo colocar ainda mais nióbio no mercado internacional resultaria em uma queda de preço já que não aumentaria a demanda.
Outro grande problema está no fato do Brasil não produzir e exportar produtos derivados do nióbio. Atualmente, vendemos matéria prima e compramos o produto pronto ao invés de produzirmos nós mesmos em território nacional e exportarmos, o que com certeza traria ao Brasil muito mais rendimento.
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