A Universidade Carnegie Mellon, localizada na cidade de Pittsburgh, no estado americano da Pensilvânia, possui uma cerca de concreto bem no meio do seu campus que consegue se destacar entre todas as outras cercas no mundo. Tudo começou há 60 anos atrás, quando os estudantes passaram a usar uma cerca de madeira no mesmo lugar como uma espécie de “outdoor não-oficial” do campus, pintando-a com mensagens inspiradoras, anúncios de eventos futuros ou realizações recentes. Por causa de sua localização altamente visível no campus, a cerca se tornou um lugar ideal para proclamar as mensagens dos alunos aos diretores da instituição.
Ao longo dos anos, a camada de tinta ficou tão espessa que o seu peso acabou se tornando grande demais para a cerca de madeira original suportar, o que levou ao seu desmoronamento em 1993. Naquela época, a cerca já era considerada “o objeto mais pintado do mundo” pelo Guinness, o livro dos recordes mundiais. Após a queda, a cerca de madeira foi substituída por uma de concreto, que continuou a ser pintada pelos estudantes que tinham como objetivo quebrar o recorde da estrutura original.
Nos primórdios do campus da universidade, havia um vale que separava os prédios do setor de tecnologia e os do colégio feminino Margaret Morrison. Sobre o vale estendia-se uma ponte na qual os homens da Carnegie Tech usavam como ponto estratégico para conhecer as mulheres de Margaret Morrison. No entanto, quando o vale se transformou no gramado atual, a ponte acabou desaparecendo e em seu lugar a administração ergueu uma cerca. Uma determinada noite, a fraternidade pintou a cerca no meio da noite para anunciar uma festa no campus. A festa, por sua vez, acabou se tornando um enorme sucesso, dando início a tradição de pintar a estrutura.
Qualquer aluno da universidade pode pintar a cerca, desde que pinte todo o comprimento da estrutura entre a meia-noite e o nascer do sol usando apenas um pincel. Rolos e tintas em spray são proibidos. Curiosamente, alguns grupos de estudantes costumam acampar durante a noite e desfrutar de um churrasco para que possam manter o controle do lugar por longos períodos de tempo.
Por incrível que pareça, a nova estrutura já acumulou mais de quatro centímetros de espessura da tinta, se tornando até uma espécie de “atrativo turístico estudantil” da região.
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