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Por que o gelo produz estalos quando entra em contato com um líquido?

Você já reparou que o gelo tende a produzir um ruído estranho e costuma ficar com a superfície rachada logo depois de entrar em contato com líquidos? Esse fenômeno pode ser notado em várias situações distintas, que vão desde grandes concentrações de geleiras no Ártico até um simples cubo colocado em um copo com refrigerante. Mas afinal, o que realmente acontece com o gelo nesses casos que o faz produzir essas reações?

Esse ruído estranhamente satisfatório é causado por um fenômeno chamado “expansão diferencial”. Na maioria dos casos, a bebida em que você está colocando o gelo é mais quente que os cubos (afinal, é por isso mesmo que surge a necessidade de se colocar gelo). Quando você coloca o gelo na bebida, isso faz com que a camada externa do gelo se aqueça de tal maneira que ela começa a se expandir, enquanto a camada interna fica fria e não se expande da mesma maneira. Em outras palavras, isso seria como uma espécie de “cabo de guerra” entre as duas camadas, o que resulta em estalos.

Esse fenômeno também pode ser notado em geleiras.

É exatamente por causa disso que, caso você resolva deixar os cubos de gelo aquecerem por um tempo em uma bandeja ou em um balde antes de colocá-los em sua bebida, provavelmente não vai testemunhar os mesmos estalos e rachaduras que seriam comuns caso ele fosse colocado diretamente no líquido. Vale destacar que essa característica não se limita apenas ao gelo colocado em um líquido como o refrigerante, já que as próprias geleiras do Oceano Ártico promovem algo semelhante mas em uma escala muito maior. O ruído proveniente das geleiras é chamado de “bergy seltzer” e é produzido através de bolhas de ar enterradas no fundo das geleiras que são liberadas quando a água cristalizada derrete e racha.

Curiosamente, ao contrário do seu refrigerante cheio de gelo, existe um pouco de história guardada em cada estalo produzido pelas geleiras. Isso porque as bolhas de ar que promovem esse fenômeno foram aprisionadas nas geleiras quando a gigante estrutura ainda estava se formando, de modo que o ar liberado quando elas estalam pode ter milhares de anos de idade.

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