Recentemente publicamos uma matéria aqui falando sobre os 5 lugares mais perigosos do mundo e nela tinha a ilha da queimada grande, ou a popularmente conhecida “ilha das cobras”. No início desse mês um naufrágio aconteceu perto dela e 4 pescadores tiveram que ficar abrigados lá. Hoje vamos entender como tudo aconteceu e como esses homens sobreviveram em um dos lugares mais perigosos do mundo.
Antes de falarmos do caso é válido lembrar sobre o perigo da ilha. No ano de 2010, um site especializado em listas elegeu a ilha da queimada grande como o pior lugar do mundo para se visitar, ela ficou inclusive à frente de Chernobil que sofreu um desastre nuclear em 1986. A ilha da queimada grande não possui moradores e tem acesso restrito, além do desembarque ter sido proibido pela Marinha do Brasil, isso porque a ilha é habitada por muitas cobras, inclusive a Jararaca-ilhoa que só existe por lá. Estima-se que a um metro quadrado são encontradas 5 cobras. O veneno das cobras encontradas na ilha evoluiu com o tempo, ficando mais forte e potente, as chances de uma presa escapar são muito pequenas.
Dia 27 de fevereiro, uma quarta-feira, seis pescadores pegaram o barco Oldemar II (que tinha cerca de 24 metros) e saíram de Santos em direção ao sul. Eles navegaram cerca de 60 km e chegaram bem próximo à Ilha das Cobras, quando uma tempestade os surpreendeu, várias ondas grandes começaram a se formar e o barco virou. Antes que a embarcação virasse por completo, 4 dos pescadores conseguiram se jogar no mar e nadaram cerca de 30 km até a ilha, até o momento não se tem notícia dos outros dois. Os pescadores sabiam do perigo que havia na ilha e não entraram nela, ficaram nas pedras do costão e permaneceram por lá durante 3 dias, para sobreviver eles beberam água da chuva e comeram banana que colheram na borda da mata.
No domingo, dia 3 de março, um operador de mergulho estava guiando um grupo de 8 turistas quando avistou os 4 pescadores acenando e pedindo ajuda. O instrutor então coordenou a operação de resgate. Os homens foram pulando na água e nadando até o barco, onde foram acolhidos e levados à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Itanhaém. Até o dia desse ocorrido, apenas 2 embarcações haviam naufragado perto da ilha, o navio mercante Rio Negro, em 17 de julho de 1893 e o navio mercante Tocantins, em 30 de agosto de 1933. Passando no local é possível ver as embarcações já que as águas por lá são cristalinas.
Podemos dizer que esses homens nasceram de novo, não é mesmo? Compartilha e comenta esse post!
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