Curiosidades

Por que existem tantos vegetais gigantes no Alasca?

A Feira do Estado do Alasca é uma exposição agrícola bem diferente de todas que você já deve ter visto por aí. Nela, fazendeiros do Vale Matanuska-Susitna exibem orgulhosamente os seus vegetais de tamanhos gigantescos, como um repolho de 62 kg e um melão de 29 kg. Esses são apenas alguns dos “monstros” que brotam do solo do Alasca todos os anos. Mas por que existem vegetais tão grandes nessa região?

O Alasca normalmente tem uma estação de crescimento de vegetais muito curta, apenas 105 dias em média. No entanto, esse estado americano é conhecido por não ter longas noites escuras, pois ele está localizado perto do pólo norte e acaba desfrutando de até 19 horas de sol por dia durante o verão e no auge da estação de crescimento dos vegetais. As horas extras de luz solar fazem com que as plantações do Alasca continuem crescendo de uma forma incomum. Por isso, ainda que a estação de crescimento local seja bem curta se comparada a outros lugares, os agricultores do Alasca sempre cultivam alguns dos maiores vegetais do mundo.

Curiosamente, todo esse “impulso fotossintético” também deixa os alimentos mais doces. As cenouras do Alasca, por exemplo, aproveitam cerca de 75% da luz solar para produzir açúcar, sendo que apenas os 25% restantes desse tempo são gastos na transformação do açúcar em amido. Devido a essa particularidade climática, vegetais como brócolis, repolho, couve-flor, nabo, rabanete, batata, beterraba, abóbora, alface e cenoura crescem muito bem na região.

Originalmente, a agricultura no Vale de Matanuska-Susitna foi idealizada e iniciada como parte de um experimento na década de 1930 com o objetivo de aumentar a produção agrícola dos Estados Unidos durante o período da Grande Depressão. Uma área correspondente a mais de 240 mil acres foi reservada para agricultura, sendo que famílias provenientes dos estados de Minnesota, Wisconsin e Michigan foram levadas para colonizar a terra no Alasca. Só que a falta de infra-estrutura e suprimentos básicos acabou desencorajando os colonos, sendo que 1940, mais da metade da população já havia deixado o vale.

Embora a colônia não tenha sido um sucesso como o governo americano esperava, ela se tornou estável o suficiente para fornecer laticínios e produtos agrícolas na medida do possível. Ou seja, apesar da população da área não ter aumentado significativamente, ela foi responsável por desenvolver o Vale de Matanuska de tal forma que o transformou na principal região produtiva no Alasca.

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