A cultura do álcool é repleta de nomes, criações e cultura. Cada bebida tem origem em um país e está presente em todo o mundo nas mais diversas variações, sabores e teores alcoólicos. Entretanto, você já parou para pensar em o que é cada uma delas? Hoje começa uma nova sessão no TriCurioso e com ela, uma bebida deliciosa. Afinal, o que é um licor?
Em um breve resumo, o licor é uma bebida adoçada feita com álcool e frutas, ervas, temperos, flores, sementes, raízes, cascas de árvore e o que mais você quiser, além disso também é incluído algo doce como sacarose, mel ou ainda glicose. Licor vem da palavra em latim ‘liquore” que significa, literalmente, líquido. Em geral, um licor não é envelhecido como vinho ou whisky, porém é preciso que fiquem descansando por algum tempo até atingir o sabor esperado.
Essa bebida nasceu na Idade Média quando o vinho era o principal tipo de antisséptico que eles tinham por lá. Entretanto, raízes, ervas e plantas eram constantemente estudadas por monges na tentativa de curar doenças e males que existiam na época. Depois dos primeiros estudos, foram os alquimistas que levaram as pequisas a diante e segundo registros, Arnaldo de Vilanova, um sábio catalão que nasceu em 1240, foi o pioneiro na arte de tinturas modernas feitas a partir de ervas e álcool. Seu fiel aprendiz Raimundo Lúlio foi quem escreveu sobre o álcool e suas receitas de licores com efeitos curativos.
Neste período tínhamos o álcool com açúcar misturado com limão, rosa e flor de laranjeira. Também eram colocadas pepitas de ouro, essa mistura era considerada panaceias – ou seja, um remédio que curaria todos os males. Quando a Peste Negra surgiu e se espalhou por toda a Europa durante o século XIV, eram os licores feitos com bálsamos vegetais e tônicos os medicamentos mais procurados. Nesta época os licores eram feitos com aguardente de vinho ou rum, tinha fabricação doméstica e também era utilizado tanto na culinária quanto na confeitaria.
Com a chegada do século XIX, a indústria da destilação começou a tomar forma e fez com que surgisse no mercado uma infinidade de tipos de licor, assim fazendo os caseiros desaparecer. Foram os italianos quem refinaram a arte e a produção de fazer licor, sendo a rainha Catarina de Médici quem levou as receitas para a França após visitar o país. Luís XIV se apaixonou pelo tal licor que, para ele, era feito de âmbar e grãos de anis, almíscar e canela.
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