Animais nascem e vivem toda sua vida em cativeiro há anos em todo o mundo, entretanto para Cecília o final foi diferente, isso graças a um Habeas Corpus.

Há cerca de 20 anos uma bela chimpanzé chamada Cecília nasceu em um cativeiro, uma jaula de cimento com barras de ferro que ficava no zoológico de Mendoza, Argentina. Por toda a vida, ela jamais havia pisado na terra ou subido em uma árvore, sentido o vento bater no rosto ao se mover em um longo e grandioso gramado. Lá ela viveu com seus pais e irmã até que todos faleceram e ela entrou em uma profunda depressão. Foi neste momento que alguns ativistas argentinos abraçaram a luta com o objetivo e libertar a amável Cecília das barras que a aprisionavam.

Para isso, o grupo entrou juridicamente com um pedido de habeas corpus e após uma batalha judicial de mais de um ano, em 2017 a chimpanzé ganhou o direito de sair do zoológico, sendo o primeiro ser não humano a ser libertado com um habeas corpus. Os responsáveis pelo ato foram os ativistas da ONG argentina AFADA (Associacion de Funcionarios y Abocados pelos Derechos de los Animales) e o argumento jurídico foi que Cecília é um sujeito com seus direitos, não um objeto. Além disso, estava vivendo em uma situação precária no zoológico onde estava.

Cecília, o primeiro ser não humano a receber um Habeas Corpus

Após a libertação, ela foi trazida para o Brasil, mais especificamente para o Santuário de Grandes Primatas de Sorocaba onde é seu lar até hoje. Lá ela primeiro passou por um período de quarentena e adaptação para depois poder viver lado a lado com mais de 50 chimpanzés que lá vivem livres. O santuário de Sorocaba existe desde 2000 e foi criado por Pedro Ynterian, este é o primeiro de quatro santuários afiliados ao Great Ape Project (GAP) no Brasil, o GAP é uma iniciativa de amplitude internacional que defende o direito dos grandes animais a viverem livres e em seu próprio habitat.

Incrível a história de Cecília, não é mesmo? Comente!

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