Caso você não esteja familiarizado com o termo, uma “cidade fantasma” se refere a uma localidade que foi abandonada por alguma razão, seja por causa de guerras, desastres naturais ou simplesmente devido à sua atividade econômica ter se tornado insuficiente para suprir as necessidades básicas da população. O que mais costuma chamar a atenção nas cidades fantasmas mundo afora são as sensações aterrorizantes que elas compartilham, já que esses locais geralmente mantêm algum traço da antiga civilização que morava por lá. Além disso, o mistério por trás do abandono dessas áreas é uma das principais razões pelas quais muitas pessoas acham esses lugares fascinantes. Sem muita surpresa, existem várias cidades fantasmas espalhadas pelo mundo, cada uma reivindicando sua própria história que retrata os motivos que levaram os moradores locais resolveram deixar para trás uma cidade inteira. A lista a seguir mostra algumas das cidades fantasmas mais aterrorizantes do mundo. Confira!

6. Pyramiden (Noruega)

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Pyramiden é uma cidade fantasma no arquipélago norueguês de Svalbard que tinha como força econômica uma usina mineração de carvão administrada pelos russos. Fundada pela Suécia em 1910 e vendida para a União Soviética em 1927, a região era bem diversificada drante o seu auge, possuindo um teatro, um complexo esportivo e uma biblioteca entre os lares residenciais de uma população de aproximadamente 1000 moradores. No entanto, todas as pessoas passaram a deixar a cidade sem nenhuma razão muito clara anos mais tarde. A queda no número das reservas de carvão do local é geralmente apontada como a principal causa de todo o declínio populacional, mas o que mais chama a atenção é que os moradores simplesmente abandonaram a região muito rapidamente, deixando vários dos seus pertences em suas antigas casas. Ainda nos dias atuais é possível ver objetos dos antigos moradores, como pratos empilhados, cobertores dobrados e equipamentos de mineração de carvão deixados para trás. Até hoje, ninguém sabe por que as pessoas decidiram sair de uma forma tão repentina e sequer para onde elas foram.

5. Kayaköy (Turquia)

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No sudoeste da Turquia, existe uma cidade fantasma com o nome de Kayaköy, cujas residências antigas foram deixadas em completa desordem. Localizada na província da Lícia, esta cidade já abrigou habitantes gregos antes da ruptura do Império Otomano no início de 1900. No entanto, em meados de 1918, quase todos eles já tinham sido caçados e mortos, deixando a pequena cidade praticamente inabitada. Hoje, local ainda serve como um tipo de museu histórico e ainda existem cerca de 500 casas espalhadas por toda a cidade que servem como lembretes dos eventos horríveis que ocorreram por lá.

4. Varosha (Chipre)

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Varosha é uma outra cidade cujos cidadãos gregos fugiram quando o território hoje correspondente ao Chipre foi invadido. Durante o seu auge, Varosha era uma capital turística que contava com muitos hotéis e edifícios construídos para alimentar e hospedar os seus visitantes. Em 1974, no entanto, todas as 40.000 pessoas que viviam na região foram expulsas por militares turcos e a área foi cercada. Os habitantes locais esperavam que a situação se acalmasse em pouco tempo, mas por causa de seu valor histórico e em resposta a um golpe liderado pelos nacionalistas gregos, o exército turco se recusou a devolver a cidade às Nações Unidas até que um acordo pudesse ser cumprido. No final das contas, Varosha acabou se tornando uma cidade fantasma, de modo que a maioria dos seus estabelecimentos outrora brilhantes começaram a ficar degradados e decadentes.

3. Hashima (Japão)

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Hoje, a Ilha Hashima é um labirinto vazio de concreto em ruínas e edifícios abandonados, mas é incrível pensar que lá já foi um dos lugares mais densamente povoados do planeta. A pequena ilha ao largo da costa de Nagasaki foi habitada de forma massiva pela primeira vez 1887, como uma colônia de mineração de carvão. Mais tarde, ela foi comprada pela Mitsubishi, que construiu alguns dos primeiros prédios de concreto reforçado de vários andares para abrigar a sua crescente população. Na década de 1950, a rocha de 16 acres estava absurdamente lotada, com mais de 5.200 moradores. Posteriormente, muitos moradores passaram a considerar as condições locais como inabitáveis e a cidade foi prontamente abandonada após a mina ser fechada em 1974. Os quarenta anos seguintes de negligência transformaram Hashima em uma ruína de escadas desmoronadas e apartamentos condenados. Curiosamente, muitos de seus arranha-céus ainda estão cheios de televisores antigos e outras relíquias de meados do século 20.

2. Oradour-sur-Glane (França)

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Na tarde de 10 de junho de 1944, a vila de Oradour-sur-Glane serviu de palco para um dos piores massacres de civis franceses durante a Segunda Guerra Mundial. No que se acredita ter sido um ato de vingança pelo suposto apoio da cidade à Resistência Francesa, vários soldados nazistas cercaram e mataram 642 de seus moradores, além de queimar a maioria de suas casas. Os homens eram levados para celeiros e eram posteriormente metralhados, enquanto mulheres e crianças eram trancadas em uma igreja e mortas com explosivos e granadas incendiárias. Durante o tumulto, poucas pessoas conseguiram sobreviver, sendo que muitas delas conseguiram isso ao se fingirem de mortas e depois fugirem para a floresta. Vale destacar que uma nova vila Oradour-sur-Glane foi construída nas proximidades após o fim da guerra, mas o ex-primeiro ministro francês Charles de Gaulle ordenou que as ruínas queimadas da cidade antiga fossem deixadas intocadas como um monumento em homenagem às vítimas. As fachadas de dezenas de prédios de tijolos e vitrines carbonizadas ainda permanecem, assim como cemitérios de carros enferrujados e trilhos de bonde não utilizados.

1. Pripyat (Ucrânia)

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Pripyat foi fundada na década de 70 com o objetivo de abrigar os trabalhadores da Usina Nuclear de Chernobil. No entanto, tudo mudou em 26 de abril de 1986, quando uma explosão no reator nº 4 da usina acabou causando o acidente nuclear mais desastroso da história, exigindo a total evacuação dos moradores locais. Desse modo, a cidade fantasma tem servido há mais de três décadas como um lembrete assustador do desastre. O que se poder ver no que já foi o lar de 50 mil pessoas se resume a animais selvagens vagando pelo que antes eram apartamentos movimentados, complexos esportivos e até um parque de diversões, que nunca chegou a ser oficialmente inaugurado. Nos correios da cidade, centenas de cartas de 1986 ainda aguardam para serem enviadas, dando um tom ainda mais depressivo à cidade. Embora os níveis de radiação em Pripyat tenham caído bastante nos últimos anos para permitir que exploradores urbanos e ex-residentes façam breves visitas, os cientistas estimam que ainda pode levar vários séculos até que a cidade esteja realmente segura para uma nova habitação.

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