Se você é um grande fã de filmes, já deve saber que a franquia Jurassic Park alcançou um nível de popularidade invejável. Capturando a imaginação de toda uma legião de fãs, as criaturas inspiradoras da pré-história do nosso planeta passaram a figurar continuamente nas telonas como um grande atrativo do entretenimento cinematográfico.

Embora os enredos dos filmes do Jurassic Park sejam obviamente fictícios, muitos dos dinossauros majestosos (e muitas vezes extremamente vorazes) incluídos nesses filmes são inspirados em criaturas reais que viveram dezenas de milhões de anos atrás. Apesar de ser difícil de imaginar, realmente havia dinossauros perambulando pela Terra que contavam com a altura de um prédio de seis andares, muitos deles pesando até 45 toneladas!

No entanto, isso levanta uma questão interessante: dada a incrível diversidade de criaturas que temos no planeta nos dias hoje, por que animais tão grandes quanto os dinossauros não são mais vistos na Terra?

A vida no planeta Terra dos tempos passados

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Cerca de 250 milhões de anos atrás, surgia a Era Mesozoica, durando quase 200 milhões de anos durante os Períodos Triássico e Jurássico até o final devastador do Período Cretáceo, quando um meteoro possivelmente atingiu a Terra 65 milhões de anos atrás. Todos os continentes como os conhecemos eram combinados em um supercontinente, chamado Pangeia, de modo que plantas e animais viviam espalhados de maneira uniforme pelas massas terrestres, sem oceanos para impedir suas movimentações.

Grande parte da Terra estava coberta por desertos e o clima era quente e seco, criando um ambiente ideal para a proliferação de répteis. Com uma melhor capacidade de controlar a perda de água do que outros mamíferos, graças à sua pele menos porosa, os primeiros dinossauros tiveram uma grande vantagem. Quando a Pangeia se dividiu em duas partes, marcando o início do Período Jurássico, a temperatura começou a cair um pouco, resultando no florescimento da vegetação, com várias espécies de plantas dominando a paisagem.

A fase final da Era Mesozoica foi o Período Cretáceo, onde a separação dos continentes levou a um extrema diversidade no desenvolvimento dos dinossauros, ao mesmo tempo em que ecossistemas mais estáveis e complexos permitiam o desenvolvimento de outras pequenas criaturas terrestres e mamíferos, desde cobras a insetos polinizadores, o que levou à eventual dominação das angiospermas (plantas com flores).

Com isso em mente, podemos dizer que, ao longo desses 200 milhões de anos, os dinossauros governaram a Terra muito por conta do ecossistema favorável, além do clima e da sua própria fisiologia que pavimentaram o caminho ideal para eles adquirissem tamanhos incrivelmente grandes, se reproduzissem rapidamente e nunca ficassem sem comida para comer.

O crescimento exagerado dos dinossauros

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Muitos paleontologistas acreditam que a evolução da fisiologia dos dinossauros foi o fator principal que permitiu que esses animais crescessem de uma forma tão incrível. Mais especificamente, a sua maneira de reprodução (ovos) e o seu sistema respiratório que os diferencia de outros grandes mamíferos que conhecemos hoje, contribuíram (e muito) para o seu gigantismo. Além disso, os dinossauros são os ancestrais dos pássaros, sendo que algumas das “características aviárias” também são responsáveis por seu enorme tamanho.

Hoje, quando consideramos os mamíferos grandes, como elefantes, girafas e ursos, devemos ter em mente que essas criaturas têm longos períodos de gestação que exigem um imenso gasto de recursos. Além disso, muitas das mães precisam carregar um único embrião por longos períodos de tempo, limitando sua mobilidade e aumentando sua vulnerabilidade a predadores. Além disso, o fator limitante fundamental do tamanho do canal de nascimento também impede que os mamíferos cresçam em tamanhos gigantescos.

Como os dinossauros botavam ovos, eles externalizavam todo o processo de reprodução e crescimento. Uma mamãe dinossauro poderia colocar de 6 a 10 ovos por vez e poderia fazer isso com mais frequência, resultando em explosões esporádicas de dinossauros bebês em um ecossistema ideal para o seu crescimento. Com abundante vida vegetal em todos os lugares, acredita-se que os dinossauros cresceram a taxas muito rápidas, deixando as suas mamães livres para continuar caçando e se reproduzindo.

Além de tudo isso, como os dinossauros tinham um sistema respiratório semelhante aos pássaros, eles conseguiam distribuir o oxigênio com mais eficiência por todo o corpo. Até mesmo as cavidades de seus ossos diminuíam significativamente seu peso, permitindo que eles não apenas tirassem o máximo proveito do oxigênio presente na atmosfera, mas também impedindo que eles acabassem sendo esmagados sob seu próprio tamanho maciço, uma vez que o peso era mais amplamente distribuído.

Uma palavra final

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Com tudo isso devidamente analisado, podemos concluir que várias hipóteses chegaram a ser formuladas para tentar explicar o tamanho incrível dos dinossauros em comparação com o tamanho dos animais terrestres dos dias de hoje. A principal explicação gira em torno do fato de que os dinossauros contavam com um ecossistema favorável para o desenvolvimento da espécie que resultava em uma ausência de competição, o que não é mais visto no planeta Terra dos dias de hoje.

Desse modo, podemos dizer também que, ainda que algumas pessoas possam até imaginar que seria legal ter dinossauros ou outros mamíferos grandes percorrendo a Terra mais uma vez, isso provavelmente nunca mais irá acontecer, pelo menos não por alguns milhões de anos.

Na prática, existem vários fatores que impedem esse aumento de estatura, incluindo a falta de ecossistemas favoráveis e a eliminação sistemática de grandes mamíferos como resultado das atividades e do desenvolvimento humano. Desse modo, com exceção dos enormes animais marinhos, que são auxiliados pela flutuabilidade da água, as criaturas modernas simplesmente esbarram em um limite natural para seu tamanho.

Dito isto, vale destacar que existem algumas criaturas caracterizadas por crescimento indeterminado, o que significa que elas continuarão a crescer lentamente durante toda a sua vida, o que pode levar centenas de anos. Criaturas como tartarugas marinhas, crocodilos, tubarões, moluscos, certos peixes e outras criaturas indescritíveis demonstram essa qualidade fascinante de vida longa e crescimento lento, sendo que os pesquisadores ainda estão trabalhando para descobrir mais sobre os seus segredos.

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