O estudo recente revela uma dinâmica intrigante nas profundezas da Terra, trazendo à luz a possível movimentação da água da superfície para o núcleo do planeta. Por anos, explorar o interior terrestre tem sido um desafio, dada a dificuldade de perfuração em profundidades extremas, juntamente com o aumento de temperatura conforme se avança para o centro da Terra.

Estudo Revela: Água da Superfície Penetra o Núcleo Terrestre, Indicando Interação Dinâmica nas Profundezas da Terra

Estudo Revela: Água da Superfície Penetra o Núcleo Terrestre, Indicando Interação Dinâmica nas Profundezas da Terra

Contudo, avanços recentes permitiram uma melhor compreensão das camadas internas da Terra. Desde a litosfera externa até o núcleo interno, cada estrato revela suas características peculiares, com o manto, o núcleo externo e o núcleo interno apresentando composições e estados físicos distintos.

Em adição a essas descobertas, pesquisadores identificaram uma camada entre o manto e o núcleo externo, uma fina película que intrigou cientistas por décadas. Agora, uma equipe internacional revela um possível fenômeno: a água da superfície avançando em direção às camadas mais profundas, interagindo com o núcleo externo, formando essa camada delgada recentemente descoberta.

Estudo Revela: Água da Superfície Penetra o Núcleo Terrestre, Indicando Interação Dinâmica nas Profundezas da Terra

Estudo Revela: Água da Superfície Penetra o Núcleo Terrestre, Indicando Interação Dinâmica nas Profundezas da Terra

A pesquisa, publicada na revista Nature Geoscience, sugere um movimento contínuo, porém lento, da água em direção às profundezas da Terra, favorecido, especialmente, pelos movimentos das placas tectônicas ao longo de bilhões de anos.

A presença da água no núcleo externo pode provocar reações significativas. Experimentos conduzidos por essa equipe mostraram como a água, sob alta pressão, interage com os materiais presentes no núcleo, resultando em mudanças na composição, como a formação de uma camada rica em hidrogênio e pobre em silício.

Dan Shim, cientista envolvido no estudo, compartilhou sobre as descobertas: “Durante muito tempo, acreditou-se que a troca de material entre o núcleo e o manto terrestre era mínima. No entanto, nossos experimentos recentes com alta pressão revelaram uma realidade diferente. Descobrimos que quando a água alcança a fronteira entre o núcleo e o manto, ela reage com o silício, formando sílica.”

Essa descoberta, juntamente com observações anteriores de diamantes formados pela reação da água com o carbono sob pressão extrema, sugere uma interação mais dinâmica entre o núcleo e o manto, indicando uma considerável troca de materiais entre essas regiões profundas da Terra.