Uma das figuras históricas importantes na luta contra o racismo no Brasil foi a dançarina e ativista negra, Mercedes Baptista. Ela não apenas se destacou por sua contribuição para a cultura brasileira como dançarina, mas também desempenhou um papel crucial na luta contra o racismo, especialmente na área da dança.

Mercedes Baptista foi pioneira no campo da dança moderna no Brasil e fundou o Teatro Experimental do Negro (TEN) em 1944, juntamente com Abdias do Nascimento e outros artistas. O TEN foi uma plataforma importante para promover artistas negros e destacar a cultura afro-brasileira em um momento em que a representação negra nas artes era escassa e muitas vezes estereotipada.

Além de seu trabalho na dança, Mercedes Baptista também foi uma defensora ativa dos direitos civis e da igualdade racial. Ela foi uma das líderes na campanha pela aprovação da Lei Afonso Arinos, que foi a primeira lei antirracista do Brasil, promulgada em 1951. Esta lei criminalizou a discriminação racial no país, marcando um marco importante na luta contra o racismo institucionalizado.

Assim, Mercedes Baptista não só deixou um legado duradouro no campo da dança brasileira, mas também foi uma voz importante na luta pelos direitos civis e pela igualdade racial no Brasil, contribuindo significativamente para o avanço da sociedade brasileira em direção a uma maior inclusão e justiça social.