Se você já viu uma fila de formigas transportadoras de folhas passando bem na sua frente, já deve ter pensado que elas estavam indo para algum lugar tranquilo o suficiente para comer suas saladas em paz, não é mesmo? Mas você sabia que essas formigas provavelmente não tinham a menor intenção de comer essas folhas? De fato, esse comportamento bastante peculiar desses insetos abrange planos muito mais grandiosos e mais inteligentes do que muita gente possa imaginar.
Embora as formigas até consumam a seiva das folhas como uma forma de ganhar energia, elas não as comem necessariamente. Em vez disso, elas usam as folhas para cultivar um tipo de fungo, que é na verdade uma espécie de mofo que cresce em tufos brancos presentes nos formigueiros. É exatamente esse fungo que fornece sustento às formigas e suas crias. Para os humanos, a agricultura foi uma das atividades responsáveis pela origem da civilização como conhecemos. Da mesma forma, as formigas utilizam essa técnica de cultivo para sua sobrevivência, até porque as suas colônias são verdadeiras cidades subterrâneas, algumas podendo até ser maiores do que uma sala de estar comum.
No entanto, é importante destacar que não são todos os tipos de formigas que possuem esse hábito de levar folhas para o formigueiro. As formigas que cortam e carregam folhas, são chamadas de “formigas cortadeiras”. Em seus ninhos, elas limpam, esmagam e cortam as folhas em pequenos pedaços, para que possam posteriormente organizá-las cuidadosamente em pilhas. Depois disso, elas fertilizam as folhas com as suas próprias fezes, esguichando-as com algumas gotas de um líquido fecal. O fungo começa a crescer nas folhas com o passar do tempo, fazendo com que esses insetos cuidem da sua “fazenda de fungos” em busca do cultivo de alimentos nutritivos para toda a colônia.
Além disso, é bastante comum que as formigas espalhem esporos de fungos por toda parte, assim como um fazendeiro humano semeia as sementes. Curiosamente, elas também protegem o fungo ao cobri-lo com bactérias que carregam em seus próprios corpos. Isso mostra como a divisão das técnicas de trabalho desses insetos é mais complexa do que parece.
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