Está é uma dúvida muito coerente quando se é doador de órgãos, afinal, será que é possível doar sangue após a morte? É o que vamos descobrir!

A resposta é assim… até é possível porém não é um procedimento que ocorra normalmente. Durante o século 20 a transfusão de sangue entre vivos e cadáveres foi muito defendido, porém foi utilizada apenas em tentativas isoladas em diversos países e nunca foi realmente incorporada como método de tratamento. Foi o cirurgião russo Sergei Yudin o primeiro a fazer o teste em um humano em 1930.

Segundo ele, salvou um homem de uma tentativa de suicídio ao usar 420 ml de sangue que foi retirado de um cadáver que tinha 50 anos e ficou conservado durante seis horas a baixas temperaturas. Depois disso ele teria repetido o procedimento em milhares de pacientes e seus esforços foram grandiosos para os estudos neste setor. Graças a seus estudos de conservação foram criados os primeiros bancos de sangue.

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Agora, o grande problema de utilizar sangue de alguém que faleceu é justamente sua procedência, afinal é preciso realizar testes de laboratório que demoram e preservar o sangue da pessoa falecida intacto até os resultados não seria nada fácil. Isto porque o sangue foi feito para circular e quando você morre, obviamente este processo para de ocorrer. Até 5 minutos após o coração parar de bater o sangue começa a coagular e desta forma fica muito mais difícil de ser extraído, além de não servir para as funções sanguíneas.

É claro, você pode manter o sangue circulando em alguém que faleceu, inclusive é isso que é feito quando há doação de órgãos. Entretanto, em questões legais seria necessário incluir o sangue na autorização da família e isso pode demorar bastante – assim custando ainda mais caro. Este valor vale a pena ser pago em questão de um pulmão ou coração, órgãos que não podem ser fabricados, porém quando se trata de sangue é mais fácil localizar um doador.

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