Praticamente todo mundo concorda com o fato de que os dinossauros muito provavelmente eram animais absolutamente magníficos. De fato, podemos ter uma noção do seu poder e forma a partir de esqueletos fósseis, mesmo quando apenas alguns dos ossos foram preservados. Mas você já parou para pensar em como os cientistas conseguem decifrar a aparência desses animais com a baixíssima disponibilidade de evidências?

Bem, tudo isso é fruto da “paleoarte”, que é o conjunto de várias técnicas artísticas que buscam fornecer detalhes sobre a vida pré-histórica. Na prática, os paleoartistas mostram para as pessoas como o mundo era antes mesmo de nós, seres humanos, existirmos. No caso dos dinossauros, os paleoartistas usam o conhecimento de outros especialistas como base para conseguir definir a aparência dessas criaturas. Eles começam o trabalho com a análise dos ossos encontrados pelos paleontologistas. Esses ossos são como os paleoartistas entendem a forma básica de cada dinossauro. Tem braços curtos? Então pode ser um T-Rex. Tem um longo pescoço? Então pode ser um braquiossauro.

Obviamente, os ossos não são suficientes para dizer aos paleoartistas tudo o que eles precisam saber. Por isso eles também precisam aprender sobre a dieta do dinossauro em questão para encontrar mais respostas. Os dentes de um dinossauro ajudam a indicar se ele comeu plantas, carne ou ambos. Se o dinossauro comia plantas, provavelmente ele andava em quatro patas e tinha chifres ou espinhos. Se comia carne, provavelmente ele corria com duas pernas e tinha garras afiadas. Até mesmo algumas aves de hoje também podem ser usadas como base de análise para decifrar as características de dinossauros voadores, já que a maioria dos especialistas acredita que os dinossauros são os ancestrais das aves modernas.

como os cientistas conseguem definir a aparencia de um dinossauro 1

Para decifrar as características da pele do animal, os paleoartistas também utilizam evidências fósseis como base. Alguns fósseis bem preservados fornecem mais evidências do que outros. Por exemplo, o fóssil de um antigo réptil chamado ictiossauro, encontrado em 2018, estava tão bem preservado que ainda contava com pedaços de pele na sua cor natural! Em muitos casos, é possível até mesmo examinar as impressões que as criaturas fizeram em rochas para decifrar como seria a sua pele.

Após reunir todas essas informações, os paleoartistas compilam tudo isso e transformam em apresentações 3D computadorizadas que posteriormente podem ser usadas na criação de modelos e esculturas de vários tamanhos. Ou seja, no final das contas, o trabalho desses profissionais é uma espécie de montagem de um enorme quebra-cabeça que nos ajuda a entender o dia a dia das criaturas que habitavam a Terra bem antes de nós.

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