Existem inúmeros casos de crimes espalhados pelo mundo, todos sem exceção despertam a curiosidade de boa parte das pessoas. Existem alguns que são bastante intrigantes e um tanto difícil de acreditar que possa ter ocorrido. Aqui no Brasil vários crimes já aconteceram e acontecem todos os dias, uns chegam a surpreender mais que outros, principalmente quando se trata de crimes bárbaros. A Fera da Penha foi um daqueles casos que chocou o país e hoje vamos entender tudo sobre ele.

O ano era 1959 e nessa época, dentre tantas outras pessoas, vivia Neyde Maria Maia Lopes, uma jovem de 22 anos que mais tarde ficaria conhecida como a Fera da Penha. Neide conheceu Antônio Couto Araújo em plena Estação Central do Brasil, no Rio de Janeiro, ela logo se apaixonou pelo rapaz e ao longo de 3 meses eles sempre se encontravam e saíam, Antônio chegou até a fazer promessa de casamento para a jovem que se encheu de esperança. Um tempo depois, já em 1960, Neyde descobriu por meio de um amigo em comum que o homem com quem ela se encontrava era casado e pai de 2 crianças.

a fera da penha tricurrioso2 Cena de “O Lobo Atrás da Porta”, filme inspirado no caso

Após a descoberta, no encontro seguinte, Neyde falou ao amado que não aceitava tal situação e que ele tinha uma semana para deixar a família e ficar somente com ela. Contradizendo a vontade da jovem, Antônio disse que não abandonaria a família, ela então teve o coração tomado pela ira que aos poucos foi se transformando em desejo de vingança. Ela bolou um plano e se aproximou da família do amado dizendo ser uma antiga amiga antiga da época de colégio da Nilza, a esposa de Antônio que foi enganada facilmente. Neyde conheceu as duas filhas do seu amante, Tânia e Solange, duas meninas adoráveis.

Após algumas conversas com Nilza, Neyde descobriu que Tânia era a xodó do pai, então decidiu que ela seria o alvo da sua vingança. Depois de conseguir conhecer toda a rotina da família, parecia ter chegado a hora de colocar o plano em prática. Foi então que no dia 30 de Junho a vingança tomou forma, Neyde sabia que a escola de Tânia (que tinha 4 anos n aépoca) não tinha telefone, então ligou para um vizinho de lá se passando por Nilza, disse que não poderia ir buscar a menina na escola e que mandaria uma amiga. Sem levantar nenhum tipo de suspeita, Neyde pegou a menina na escola, 30 minutos após, Nilza chegou na escola e se desesperou ao saber que sua filha não estava lá, então ligou para Antônio e foi até à delegacia.

a fera da penha tricurrioso3 Antônio, Nilza e Tânia

Quando as características da sequestradora começaram a ser faladas, Antônio não tinha dúvidas de que ela era a sua amante. Enquanto isso, Neyde havia levado Tânia para a casa de uma amiga e disse que estava cuidando da criança naquele dia, lá ela pegou uma tesoura emprestada, cortou um pedaço do cabelo da menina e guardou na bolsa, por volta das 8 horas da noite ela deixou a casa junto com Tânia, parou em uma venda para comprar álcool e seguiu para o matadouro do bairro da penha que era bem perto. Chegando no local Neyde pegou uma arma calibre 32 e disparou na cabeça da criança, em seguida jogou álcool e ateou fogo no corpo.

Quando o disparo da arma foi ouvido, os funcionários do matadouro saíram correndo para procurar onde tinha sido feito, porém quando acharam o local, Neyde já tinha fugido. Já em casa, por volta das 22:30, Neyde recebeu em sua casa os oficiais de polícia que revistaram sua bolsa e encontraram o cabelo da menina e a arma do crime, ela então foi levada até à delegacia onde negou o sequestro e o assassinato. No local do crime, a Fera da Penha se recusou a olhar para o cadáver e mesmo após 12 horas de interrogatório, continuava negando envolvimento. Um radialista com autorização da polícia perguntou à Neyde o porque ela havia cometido o crime e ela falou:

“Por que você está me perguntando isso? Quer saber? Eu só não matei a família toda porque não tive tempo”

a fera da penha tricurrioso

Após confessar, Neyde contou tudo em detalhes e foi condenada a 33 anos de prisão, porém só cumpriu 15 por bom comportamento. Após o crime, os pais de Tânia permaneceram juntos e tiveram mais 3 filhos. As últimas notícias que se tem de Neyde são de 2017, quando ela já tinha 79 anos e vivia sozinha em uma casa na Zona Norte do Rio.

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