Os vasos de plantas fazem parte das famílias de várias partes do mundo há milhares de anos. Os antigos romanos, em particular, eram fascinados por flores vistosas e frequentemente decoravam suas casas com as maiores e mais brilhantes variedade de rosas e violetas. Após a queda do império romano, a jardinagem decorativa desapareceu em grande parte da Europa e foi substituída por uma abordagem mais utilitária do cultivo de ervas, vegetais e frutas. Desse modo, os vasos de plantas nas residências só se tornaram moda novamente durante a época do Renascentismo, quando as famílias mais ricas começaram a ver isso como um símbolo de status social.

No entanto, os anos 1800 se tornaram o período mais difícil para os criadores de plantas na Europa, já que muitas das casas vitorianas passaram a ter iluminação interna gerada à gás. As lâmpadas à gás produziam uma fumaça tóxica que causava dor de cabeça, transformavam as cortinas em panos descoloridos e deixavam uma camada de fuligem em cada superfície plana. O mesmo efeito devastador afetava flores e plantas, que murchavam. Apenas duas plantas particularmente resistentes conseguiam sobreviver ao ambiente desolador de uma casa vitoriana: a palmeira kentia e a aspidistra. Essas duas plantas, especialmente a aspidistra, até se tornaram presença marcante de todos os salões salões de luxo da época.

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De fato, a aspidistra é uma planta muito interessante. Nativa do Japão, essa planta de crescimento lento e que conta com folhas verdes escuras e brilhantes, foi transportada para a Europa durante a década de 1820, onde rapidamente ganhou o apelido de “fábrica de ferro fundido” devido à sua notável resistência. A planta pode sobreviver a flutuações extremas de temperatura, resistir à seca e à maioria das pragas e até mesmo prosperar com pouca luz e baixa qualidade do ar, algo típico de uma casa vitoriana com iluminação à gás.

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Por causa disso, a aspidistra tornou-se uma planta muito popular na Grã-Bretanha vitoriana, de modo que muitos a consideravam “um símbolo de respeitabilidade de classe média completa”. É por isso que, se você procurar fotos de pessoas da Era Vitoriana em suas residências, muito provavelmente vá se deparar com alguém fazendo uma pose ao lado de uma planta, que por sua vez tem uma grande chance de ser uma aspidistra.

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