E se eu dissesse para você que existe uma síndrome chamada de Síndrome de Alice no País das Maravilhas que é capaz de distorcer a percepção humana? Pois é, meu amigo. Isso é verdade!

A Síndrome de Alice no País das Maravilhas também chamada de Síndrome de Todd ou ainda de AIWS ganhou este nome em função do autor da obra Lewis Carrol. Ela consiste em um distúrbio neurológico que causa desorientação e afeta drasticamente a percepção do ser humano. Uma pessoa que seja afetada pela síndrome pode ter sintomas de micropia, macropsia ou ainda outras distorções. Em geral é um problema temporário e pode ser associado a fortes enxaquecas, tumores cerebrais ou ainda uso de drogas com efeito psicoativo. Ela também ocorre como sinal inicial do vírus Epsteir-Barr.

Especialistas afirmam que os sintomas da AIWS são muito presentes na infância e cedem durante a adolescência. Essa síndrome também surge devido a quantia anormal de atividade elétrica que causa um fluxo atípico nos setores cerebrais que processam a visão, percepção, textura e profundidade dos objetos. Lewis Carrol sofria com a Síndrome de Alice no País das Maravilhas e tinha diversos surtos repetidos, muitos dizem que seu próprio livro foi uma consequência desses surtos e que ele utilizou Alice como um alter ego.

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Primeira descrição

Ela foi registrada pela primeira vez em 1955 pelo psiquiatra inglês John Todd que acreditava que a síndrome tinha relação com partes que formam o olho defeituosas como um dano ou ainda uma degeneração crônica. Porém, hoje sabe-se que a AIWS ocorre devido a uma mudança neural de percepção que, por consequência, afeta a visão, as sensações, o tato e até mesmo a própria audição e a imagem de seu próprio corpo. É comum que pacientes descrevam que sentem partes do seu corpo maiores ou menores do que realmente são mesmo com os olhos funcionando perfeitamente. Os pacientes também costumam ver coisas com formato errado e perdem totalmente a noção de perspectiva.

Sintomas

Confusão mental, falta de noção de profundidade, erro na dimensão de objetos e do próprio corpo, falta de noção do tempo com horas que parecem passar muito devagar, ausência de noção de espaço, alteração na audição, tato e visão. Para você ter ideia da desorientação absurda, a pessoa pode ter a sensação de que está andando tão lentamente que parece estar parada, porém enquanto isso ela está correndo de forma incontrolável. O curioso é que ela não consiste em uma condição específica, mas sim em um distúrbio de percepção.

Fatores desencadeantes

Enxaquecas, uso de anticonvulsivos e antidepressivos, bloqueadores beta-adrenérgicos e também bloqueadores de canais de cálcio. Alterações repentinas na dieta também podem desencadear o problema. Para o tratamento, é preciso esperar o surto passar e resolver o fator desencadeante. Além disso, bastante descanso, terapia de grupos e também auxilio de um psiquiatra podem ajudar a controlar futuras crises.

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