Se você é como a maioria das pessoas, é bem provável que você já tenha batido o dedo mindinho do pé na cadeira da sala de jantar ou até mesmo na sua própria cama. Por ser uma parte tão pequena do corpo humano, é incrível pararmos para pensar que um simples machucado nessa região tem a capacidade de deixar qualquer pessoa uivando de dor. Mas afinal, por que isso acontece?

É importante destacar que esta não é uma pergunta com uma resposta tão direta quanto você poderia imaginar, já que há vários fatores a serem considerados. Primeiro, precisamos levar em conta o fato de que os nossos dedos (tanto das mãos quanto dos pés) possuem várias terminações nervosas que fornecem uma espécie de “feedback sensorial” ao nosso sistema nervoso central, que por sua vez usa essa informação para guiar nossas ações. O problema é que, consequentemente, todas essas terminações nervosas também acabam sendo capazes de transmitir fortes sensações de dor ao nosso sistema nervoso central quando ocorre um choque com algum objeto. Nesse caso, o dedo mindinho se destaca por ser o menor e o mais exposto dos dedos dos pés, o que acaba tornando-o um alvo fácil.

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Além disso, vale mencionar que há muito pouco tecido em nossos dedos (especialmente no mindinho) para absorver esse tipo de impacto. Muito parecido com bater a canela, não existe nenhum tecido adiposo ou tecido muscular sobrejacente aos ossos no dedo do pé que forneça um amortecimento para o impacto. Consequentemente, isso resulta em forças compressivas muito agudas nas muitas terminações nervosas que residem por lá.

Por último, existe toda uma perspectiva evolucionária. Em um passado não muito distante, as infecções matavam muitas pessoas, de modo que machucar um simples dedo do pé poderia abrir feridas e se tornar um ambiente carregado de bactérias. Por causa disso, especialistas acreditam que a dor que sentimos nessa região serve como um sinal de alerta ligado a uma vantagem evolutiva que tem como objetivo evitar a ocorrência de possíveis inflamações.

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