Não é preciso ser nenhum mestre em história para saber que os reis sempre contaram com alguns privilégios que as pessoas comuns sequer poderiam sonhar em ter. Ao longo da narrativa histórica, podemos observar que os monarcas sempre tiveram a melhor educação disponível, os melhores cuidados de saúde, as roupas mais extravagantes e as comidas mais saborosas que o dinheiro poderia comprar.

Mas mesmo com todas essas mordomias, os reis do passado nunca puderam garantir uma morte pacífica em idade avançada. De fato, as histórias do mundo travesso e imprevisível da política monárquica foram capazes de registrar algumas mortes de reis tão bizarras que são capazes de deixar qualquer pessoa de boca aberta.

A seguir, você pode ficar por dentro de alguns casos envolvendo monarcas que morreram de formas bem inusitadas. Confira!

5. Jaime II da Escócia

5 monarcas que tiveram mortes incrivelmente bizarras

Embora a Guerra da Independência da Escócia tenha terminado no século XV, certas áreas em torno das regiões fronteiriças permaneceram sob controle britânico tempos depois, sendo que uma delas abrigava o Castelo de Roxburgh. O rei Jaime II pensou que seria capaz de recuperar este castelo para a Escócia em um momento em que as forças inglesas estavam enfraquecidas pela Guerra das Rosas. No entanto, isso provaria ser um erro fatal para o rei.

Na ocasião, Jaime foi morto por um canhão durante os primeiros ataques. À primeira vista, esta não seria uma morte particularmente estranha, afinal de contas, os canhões são projetados para matar, não é mesmo? No entanto, o mais curioso dessa história é que o canhão em questão pertencia ao exército do próprio Jaime.

Por ser um grande fã da artilharia, o rei havia importado canhões de tecnologia avançada e estava ansioso para vê-los em ação. Por isso, ele resolveu ficar em pé ao lado de um deles durante os ataques. Só que em vez de atirar, o canhão acabou explodindo, acabando com a sua vida.

4. Príncipe Sado

5 monarcas que tiveram mortes incrivelmente bizarras

Nascido no final do século XVIII, o rei Yeongjo de Joseon foi um dos governantes mais bem sucedidos e longevos da história coreana. Ele reinou por 52 anos, durante os quais implementou um novo sistema de tributação e tentou minimizar a luta entre facções ao adotar uma mentalidade confuciana. No entanto, ele costuma ser mais lembrado pelo fato de ter matado seu filho Sado.

O príncipe Sado era um jovem mentalmente instável e propenso a violentas explosões. Ele se tornou conhecido e temido em todo o reino como um estuprador e assassino em série, chegando a exterminar algumas mulheres da própria corte. Angustiado, o rei Yeongjo resolveu matar o filho, pois temia um iminente governo do seu sucessor.

Yeongjo sabia que a lei o proibia de matar seu filho, mas ele foi autorizado a “castigá-lo”. Assim, ele sentenciou Sado a ser trancado dentro de um baú pesado usado para armazenar arroz. O baú só foi aberto oito dias depois, quando os servos do rei constataram que Sado havia morrido por asfixia.

3. Carlos VIII da França

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Carlos VIII (também conhecido como Carlos, o Afável) teve um reinado de 15 anos como rei da França entre 1483 e 1498. Curiosamente, muitos historiadores sugerem que seu mandato como rei foi bastante “sem graça”, já que como ele assumiu o trono com apenas 13 anos, Carlos demonstrava pouco interesse pela política e pelo governo em si. Para fortalecer sua posição, ele fez inúmeras concessões às várias monarquias que cercavam seu reino, o que ajudou a melhorar a relação entre a França e as regiões italianas.

Sua morte foi provavelmente o evento mais “agitado” de seu reinado, além de inusitado, já que ocorreu durante uma partida de tênis. Carlos não estava jogando, mas assistindo a uma partida em Amboise, quando distraidamente bateu a cabeça com violência contra o lintel de uma porta. Ele inicialmente se recuperou, mas entrou em coma logo após o jogo e morreu poucas horas depois.

2. Alexandre da Grécia

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Além do famoso Alexandre, o Grande, existiu um outro rei chamado Alexandre que governou a Grécia em uma era mais recente, mais especificamente no início do século XX. O que mais chama a atenção na trajetória de Alexandre da Grécia é que ele teve um curto reinado de apenas três anos antes de sua morte prematura aos 27 anos, causada por uma mordida de macaco.

O macaco em questão, um macaco-de-gibraltar, era um animal de estimação que vivia no palácio junto com outros animais. Em um fatídico dia, Alexandre estava passeando com o seu cachorro quando o seu amigo canino entrou em uma briga com um dos macacos. Alexandre tentou interromper a luta, mas acabou sendo mordido pelo macaco. Inicialmente, as feridas não foram consideradas muito graves, mas como elas não foram limpadas adequadamente, o monarca acabou adquirindo sepse, uma doença potencialmente fatal causada por uma grave infecção bacteriana.

Vale destacar que sua vida provavelmente poderia ter sido salva se um de seus médicos resolvesse amputar a perna mordida, mas nenhum deles queria tomar uma decisão tão drástica, ainda mais se tratando do rei. Por causa disso, eles tentaram outros métodos de combater a doença, mas nenhum deles funcionou e Alexandre da Grécia veio a faleceu em 25 de outubro de 1920.

1. Carlos II de Navarra

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Carlos II, que governou o reino de Navarra entre 1343 e 1387, era descrito por muitos como um oportunista que procurava explorar a Guerra dos Cem Anos entre a Inglaterra e a França para obter ganhos pessoais. De fato, ele chegou a trocar de lado muitas vezes para atender às suas necessidades, ganhando o apelido de “Carlos, o Mau”. Talvez seja por isso que muitas pessoas da época consideraram a sua morte uma punição divina.

Vários relatos indicam que Carlos estava muito doente no início de 1387, de modo que seu médico ordenou que ele ficasse completamente enrolado do pescoço aos pés com um pano de linho embebido em conhaque. Uma das assistentes do médico estava costurando o pano para que ele ficasse bom e confortável para o rei, mas como esse tratamento era realizado à noite, ela não queria usar uma tesoura, já que isso poderia machucar o monarca.

Pensando em uma solução alternativa, a assistente decidiu queimar o fio com uma vela, só que como a roupa estava completamente encharcada de conhaque, o tecido acabou pegando fogo rapidamente, deixando o corpo de Carlos em chamas até a sua morte minutos depois. Por causa disso, Carlos II é geralmente conhecido como “o rei morreu queimado por engano”.

Qual dos monarcas listados teve a morte mais bizarra? Compartilhe o post e deixe o seu comentário!

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