Por milhões de anos, os humanos olham para o céu tentando adivinhar o significado dos movimentos dos astros e a majestade do cosmos. Durante a maior parte da história da humanidade, nossa espécie não possuía conhecimento superior de nosso universo. Consequentemente, muitas pessoas passaram a acreditar que as estrelas que se deslocavam acima de nossas cabeças tinham algum significado paralelo na Terra. Essa derivação dos supostos significado das estrelas passou a ser conhecida como astrologia.

No entanto, nos últimos séculos, os avanços científicos melhoraram exponencialmente nossa capacidade de entender e estudar o sistema solar. Naturalmente, alguns mistérios do universo passaram a ser mais decifráveis com o auxílio de instrumentos precisos e métodos científicos mais confiáveis. Sendo assim, o estudo aprofundado das funcionalidades do universo pela ciência passou a ser conhecido como astronomia.

Como ambas envolvem questões ligadas ao universo, astrologia e astronomia tornaram-se duas palavras bastante semelhantes e até usadas de forma intercambiável. No entanto, é essencial entender a diferença entre elas, visto que cada uma representa coisas bastante distintas. Ao longo desse artigo, nós vamos explorar essas diferenciações em detalhes.

Uma breve história da astrologia

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Apesar do registro formal mais antigo da astrologia remontar a 5.000 anos, não há como negar que as primeiras civilizações já eram afetadas e inspiradas pelos corpos celestes. Antes mesmo de usarem palavras específicas para descrever constelações, galáxias, meteoros, planetas e astrofísica, havia uma forte crença de que aqueles mundos cintilantes distantes tinham algum controle sobre as vidas humanas.

Tanto os antigos chineses e maias até os impérios gregos e árabes, atribuíram um significado especial às estrelas e seu lugar no céu. De fato, a tradição astrológica ocidental remonta a mais de 3.500 anos. Com o tempo, a astrologia se transformou em uma crença muito mais forte, analisando cuidadosamente os movimentos dos corpos celestes e estudando suas posições relativas no céu. Com base nisso, os praticantes de astrologia diziam ser capazes de adivinhar eventos que ocorreriam na Terra.

Consequentemente, a astrologia passou a ser mais intimamente ligada aos horóscopos, com base no signo em que a pessoa nasceu (por exemplo, Câncer, Leão, Virgem etc.). Por milhares de anos, a astrologia foi considerada até um campo científico legítimo. Apesar da falta de evidências, essa poderosa tradição existia em praticamente todo o mundo e era aceita como parte da experiência humana.

No entanto, nos últimos 200 anos, o método científico ganhou força no mundo. Desse modo, o desejo pelas evidências suplantou parcialmente o conforto do místico, fazendo com que a astrologia perdesse seu status de ciência legítima. Embora milhões de pessoas em todo o mundo ainda gostem de ler seus horóscopos todos os dias, e milhares de profissionais de carreira ganhem a vida lendo cartas de tarô, não há base científica para a astrologia.

Uma breve história da astronomia

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Semelhante à astrologia, a astronomia tem raízes que datam de milhares de anos, razão pela qual as duas áreas são comumente presumidas como iguais. No entanto, a astronomia é o estudo de objetos e fenômenos celestes através da aplicação da física, química e matemática. Essas disciplinas ajudam a esclarecer as origens desses objetos, sua composição e seu modo de interação.

Em um nível básico, a astronomia é essencial para o estudo de qualquer coisa que esteja fora da atmosfera da Terra. Na prática, isso inclui desde as luas de Júpiter até as galáxias mais distantes, buracos negros invisíveis e a teoria do Big Bang.

A maioria dos estudos modernos de astronomia se enquadra no âmbito da astrofísica, mas nesse campo popular também existem ramos teóricos e observacionais. Vale destacar que essas áreas funcionam em conjunto. Isso ocorre porque a criação de modelos de computador e a análise intensiva de dados são importantes para apoiar observações de galáxias distantes, estrelas e outros fenômenos.

No geral, a astronomia é um dos campos científicos mais amplamente respeitados. A astronomia não apenas nos ensina sobre os conteúdos fascinantes do universo, mas também sobre a vida em nosso planeta, bem como sua origem. Ao contrário dos “gurus astrológicos”, os astrônomos confiam no método científico rigoroso e comprovado para desenvolver suas teorias e testar suas previsões. No fim das contas, isso torna a astronomia um campo cientificamente legítimo e inestimável.

A principal diferença entre astrologia e astronomia

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Com tudo isso em mente, podemos dizer que a astrologia é uma pseudociência que usa o movimento científico de planetas e estrelas para analisar suas supostas influências na vida das pessoas, enquanto que a astronomia é uma ciência natural que estuda corpos celestes e fenômenos relacionados ao espaço sideral com bases estritamente científicas.

O que complica as coisas para muitas pessoas é que a astrologia se baseia fortemente em um conteúdo semelhante ao da astronomia. Um astrólogo precisa entender o movimento de objetos celestes e alguns dos princípios básicos da astronomia para “ler” as estrelas e fazer “previsões”. Na prática, isso leva muita gente a supor que a astrologia é real e se baseia em provas.

No fim das contas, o fato é que há beleza mais do que suficiente no céu noturno para todos, sejam astrônomos ou astrólogos. No entanto, antes de procurar um significado profundo e personalizado no movimento das estrelas, lembre-se de analisar primeiramente as coisas que há dentro de si mesmo!

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