Se você sempre acreditou que os engolidores de espadas dos circos eram simples farsantes que se valiam de truques visuais elaborados, é hora de reavaliar essa visão. Na realidade, esses artistas são treinados para realizar um feito impressionante: enfiar pelo menos 40 centímetros de lâmina em seus corpos sem sofrer ferimentos graves.

Então, como eles conseguem executar uma proeza tão surpreendente? Para dominar essa antiga arte, os praticantes passam por anos de treinamento intensivo e aprendem a controlar reflexos corporais involuntários, como o reflexo de vômito. A façanha é muito mais desafiadora do que se possa imaginar.

O Intrigante Mundo dos Engolidores de Espadas: Domínio do Corpo e Controle Sobre Reflexos Involuntários

O Intrigante Mundo dos Engolidores de Espadas: Domínio do Corpo e Controle Sobre Reflexos Involuntários

Treinamento Intensivo

De acordo com um estudo de 2006, os engolidores de espadas aprimoram sua técnica por meio da prática que envolve “colocar repetidamente os dedos na garganta”. Evitam o uso de outros objetos, como colheres, agulhas de tricô e tubos de plástico, até que tenham um controle mais claro sobre seus reflexos.

É importante observar que dores de garganta são relativamente comuns entre esses praticantes. A execução dessa arte é viável porque a espada precisa passar pelo esfíncter esofágico superior, que são os músculos na parte superior do esôfago usados para funções como arrotar, comer e vomitar.

Domando o Corpo

Mas o desafio não para por aí. A lâmina também precisa atravessar o esfíncter esofágico inferior, que marca a entrada do estômago. Todos esses músculos se movem involuntariamente, tornando o feito ainda mais notável. Isso impede que o conteúdo do estômago suba pela garganta continuamente, evitando casos de refluxo ácido.

A chave para o sucesso dos engolidores de espadas reside no treinamento intensivo. Eles dominam seus corpos, abrindo o esfíncter sob comando. Isso permite que a espada passe pelo estômago sem resistência, evitando dor intensa e potenciais danos à saúde que poderiam ser fatais.

Em uma entrevista ao The Washington Post, uma engolidora de espadas compartilhou que, no início de sua jornada, não tinha ideia de como controlar o esfíncter esofágico inferior. No entanto, ela desenvolveu sua técnica por meio de intensa concentração para relaxar todos os músculos. Esse nível de controle é uma exceção, mas ilustra o árduo processo de aprendizado dos engolidores de espadas.

Hoje, a arte de engolir espadas foi aprimorada a tal ponto que alguns praticantes conseguem segurar várias espadas em suas gargantas simultaneamente. Contudo, é importante ressaltar que essa é uma arte incrivelmente perigosa. Qualquer movimento errado pode resultar em sérios ferimentos, incluindo perfuração da garganta e danos a órgãos internos.

Quando realizada com sucesso, essa habilidade demonstra o notável controle corporal que os seres humanos podem alcançar, desafiando a crença no inacreditável e na capacidade do corpo humano.