Quem acompanha meus vídeos no Youtube já deve estar sabendo que estou escrevendo um livro o qual pretendo liberar ou de graça, ou por um preço muito baixo via e-book. Até hoje ninguém além de mim havia tido a oportunidade de ler o inicio dessa história, porém nas próximas linhas irei publicar o manuscrito que tenho pronto.

Ao final da leitura espero que você deixe seu comentário aqui no TriCurioso. Vale lembrar que este é um herói fora de qualquer universo já conhecido, não pertence nem a Marvel, nem a DC Comics, então prepare-se para algo novo. Outro detalhe que eu devo deixar claro é que todo enredo ainda é hipotético, muita coisa pode mudar até o lançamento oficial de ‘Diário de um herói: SAVIOR’. Boa leitura e um grande abraço do seu amigo, Eduardo de Castro.

Diário de um herói: SAVIOR

Oi, me chamo Davis Princiotti, tenho 22 anos e vivo em Riups Montain nos Estados Unidos, não possuo irmãos, quer dizer, de sangue não, mas tenho um amigo que considero talvez mais do que um irmão, seu nome é Lucas, Lucas Value, recentemente completou 20 anos e, apesar de falar inglês muito bem, nasceu no Brasil, um grande país de belas praias e enorme paixão pelo futebol. Para minha sorte, Lucas e sua mãe vieram para os Estados Unidos quando ele tinha 7 anos. Nós nos conhecemos ainda na escola, logo que ele chegou aqui, mal sabia dizer oi, na verdade acredito que eu mereço grande parte do crédito por hoje ele falar tão bem nosso idioma.

Atualmente me considero uma pessoa muito feliz, porém quando eu era muito pequeno uma tragédia abalou minha vida, fiquei órfão aos 5 anos de idade. Infelizmente meus pais faleceram em um terrível acidente de carro enquanto iam de Riups Montain até Nova York para uma reunião de negócios. Até hoje sinto uma enorme dor no peito quando lembro do sorriso de minha mãe e do aperto forte de mão do meu pai, porém com o tempo aprendi que a saudade é um sentimento que sempre estará comigo, mas que não devo deixar de viver por isso. Apesar de, às vezes, me sentir muito triste e sozinho, tenho o Lucas como um irmão para aliviar a falta que meus pais fazem.

Agora mesmo estou me arrumando, pois, eu e ele iremos dar uma volta para discutirmos a abertura de uma empresa. Pois é, estamos crescendo, está mais do que na hora de montarmos um negócio. A ideia é mais do Lucas do que minha, ele acredita que eu preciso seguir os passos de meus pais, mas eu tenho medo, não sei se sou capaz de gerir uma empresa.

Agora são 19h e o Lucas acaba de chegar em meu apartamento, moro no edifício Wood Island na rua principal da cidade. Enquanto eu terminava de me vestir, ele estava na sala assistindo televisão, assim que terminei de abotoar minha camisa ele me chamou agitado. Logo que cheguei o vi de pé em frente à televisão.

– Ouve isso, Davis! – Então comecei a prestar atenção na notícia que um jornal local transmitia.

“Acaba de chegar em nosso estúdio a informação que a Gangue dos BlackOps acabou de explodir o Bank The Riups, ninguém ainda sabe o motivo real do crime… Agora vamos até o local da explosão com nossa repórter, Amanda, é com você…”

– Quando que alguém vai dar um jeito nesses BlackOps, cara? – Lucas parece estar realmente incomodado com essa gangue.

– Por que você está tão preocupado, Lucas?

– Ah, Davis… Alguém precisa colocar nossa cidade no caminho certo, essa gangue a cada dia que passa está mais forte, a polícia parece não ter mais o controle das coisas por aqui.

A verdade é que ele tinha razão, a cidade estava um caos desde que esses BlackOps apareceram, porém não quis estender muito o assunto, então desliguei a televisão e pegamos o elevador até a garagem. No caminho aproveitamos para discutir sobre nossa empresa, e não sei o motivo, mas a reportagem da explosão não saia da minha cabeça.

– Davis, eu sei que você quer abrir um jornal, mas isso já está ficando velho, o futuro dessa mídia está comprometido, temos que pensar em algo que realmente tenha futuro… – Então ele puxou seu celular e completou. – Eu sei que você tem ideia melhores, coloque-as para fora!

A verdade é que eu queria mesmo era abrir um jornal, sempre achei fascinante a ideia de poder saber de tudo, mas Lucas estava certo, o jornal impresso já não tem muito futuro, apenas os mais antigos vão conseguir sobreviver ao avanço da internet. Enquanto pensava, vi que Lucas estava mexendo em um aplicativo novo em seu celular e não me contive.

– O que é isso? – Então foquei meu olhar para seu celular.

– Ah, é um aplicativo de webcam que desenvolvi para conversar com meus familiares lá do Brasil. – Então ele desligou o celular e como eu estava dirigindo, voltei minha atenção para a rua.

Lucas era muito esperto, ele sabia como desenvolver praticamente qualquer sistema, aplicativo, site ou programa que quisesse. E, enquanto nos aproximávamos do restaurante, eu pensava na empresa, até que tive uma ideia grande, não me segurei e gritei:

– Já sei! – E sem pensar puxei o carro para o canto da rua.

– Que isso? Ficou maluco? – Lucas, com os olhos arregalados, me fitou.

– Cara! A cidade não está um caos? – Sem dar tempo de resposta continuei. – Os crimes não param de crescer e pelo jeito os BlockOps vão dominar Riups Montain, a não ser que a polícia estivesse um passo antes deles.

– Como assim, Davis? – Lucas parecia estar bem confuso.

– É fácil, vamos montar uma empresa de monitoramento, teremos câmeras pela cidade toda, iremos sempre saber ao vivo quando um crime estiver acontecendo e teremos como cliente a polícia local. É um serviço muito necessário atualmente e a polícia conseguirá agir muito mais rápido.

Depois disso cancelamos a janta e retornamos imediatamente para meu apartamento, queríamos agilizar tudo que fosse possível, viramos a madrugada montando a empresa. Após longa discussão decidimos que ela se chamaria GlobalStreet. Com muito sono, mas motivados, ligamos para a prefeitura para marcarmos uma reunião com o prefeito, porém ele estava em viagem. Dom muito jeito conseguimos uma reunião com o vice, teríamos que estar na prefeitura as 14h, então o Lucas foi para sua casa dormir, e eu continuei escrevendo a apresentação, precisava ter o interesse do vice-prefeito para que a GS saísse do papel.

Depois de almoçar peguei meu carro, busquei o Lucas e fomos direto para a prefeitura, estava muito confiante, Lucas também parecia estar seguro que tudo daria certo. Ao chegar falamos com a secretária, que logo localizou nossos nomes na lista de compromissos do dia e, quando percebi, já estava em uma sala com o vice-prefeito apertando minha mão e a de Lucas.

– Boa tarde jovens, em que posso ajudá-los? – Logo ele nos questionou.

O vice-prefeito parecia ser uma pessoa amigável, porém assim que começamos a explicar nossa ideia de colocar câmeras pela cidade para agilizar a ação da polícia ele começou a ficar mais e mais irritado, a ponto de começar a gritar e dizer que éramos loucos, que a prefeitura jamais investiria num projeto desses. Eu queria muito que ele gostasse da ideia, então tentei mais uma vez explicar que um circuito de câmeras interligadas com a polícia deixaria a cidade milhares de vezes mais segura. Mas, para a minha surpresa, isso o deixou furioso e o fez gritar para que sumíssemos de sua frente, quando olhei para o lado vi que Lucas já nem estava mais na sala conosco. Então me levantei e caminhei até a saída da prefeitura, no caminho encontrei meu amigo tomando água, ele parecia muito desapontado. Para falar a verdade, eu também estava, não conseguia entender o porquê de tanta revolta, deixar a cidade segura deveria fazer parte dos interesses de nosso governo.

Enquanto eu dirigi até a casa de Lucas, o silêncio imperava no carro, nem eu nem ele tivemos vontade que dialogar sobre o ocorrido com o vice-prefeito. No meio do caminho percebi que um carro preto parecia estar nos seguindo, então entrei em uma rua com fim para ver se estávamos realmente sendo seguidos e, assim que fui dar o retorto, o tal carro me fechou, tive que frear, não sabia o motivo, será que o vice-prefeito havia enviado eles? O que estava acontecendo? Então olhei para meu amigo e ele falou:

– O que está acontecendo?

Sem saber o que responder, fiquei olhando para o carro a minha frente, até que um senhor com óculos escuros desceu e começou a vir em nossa direção.

– Corre, Davis! – Lucas gritou assustado.

Então eu acelerei, puxei o carro para o canto e consegui fugir daquele homem.

– O que será que ele queria? Nos matar? Assustar? – Lucas não parava de me fazer perguntas.

– Não sei! Talvez a conversa na prefeitura não tenha sido vista com bons olhos. – Respondi aflito.

Poucos minutos depois deixei Lucas em sua casa e corri para meu apartamento, estar dentro dele me deixaria mais calmo e seguro. Ver aquele homem após a conversa nada amigável na prefeitura estava me deixando cada vez mais aflito. Assim que estacionei meu carro na garagem do edifício, tive a sensação de estar sendo observado, acredite em mim, essa não é uma sensação a qual você gostaria de sentir depois de ter sido perseguido por um homem desconhecido. Mas tudo bem, tomei coragem, saí de meu carro e fui caminhando até o elevador que se encontrava a uns quinze metros de mim.

Agora estava preparando meu jantar, morar sozinho é assim, mesmo com medo e cansado tenho que ir para a cozinha. Eu até poderia ter pedido uma pizza, mas preferi não chamar ninguém, manter a porta do apartamento trancada é meu objetivo maior neste momento. Enquanto eu terminava de comer, ouvi alguns passos do lado de fora de meu apartamento e, para prestar mais atenção, fiquei imóvel, assim que me concentrei os passos pararam.

– Devo estar ficando louco. – Cochichei para mim mesmo.

E sem dar tempo de voltar e terminar de jantar um estouro veio da sala. Corri para ver o que havia acontecido e, diante da porta, quer dizer, da destruída porta estava aquele senhor que horas antes tinha me seguido na estrada.

– Que diabos você quer comigo? – Furioso gritei!

– Desculpa pela porta, não consegui arrombar. – E o senhor estranho deu um sorriso.

Como que alguém me persegue, depois invade meu apartamento e ainda consegue dar um sorriso desses? Ou ele é louco, ou eu estou em grandes apuros…

– Você é filho do senhor e senhora Princiotti, certo? – Então ele sentou em meu sofá.

– Hã? Como sabe dos meus pais?

– Longa história garoto… você só precisa vir comigo. – Então ele tirou os óculos escuros e completou. – Precisamos buscar seu amigo.

– Não vou dizer para você onde ele está! Você é louco?

– Davis, eu sei onde o Lucas está, agora pare de dar uma de valente e venha logo. – Ele se levantou e começou a ir em direção ao elevador do corredor.

Agora minha preocupação com esse senhor estava muito maior, ele sabia meu nome, nome do Lucas e também dizia saber onde ele estava. Será que ele realmente sabe onde Lucas mora, ou está blefando?

– Venha logo garoto! – Gritou ele já de dentro do elevador.

Enquanto o elevador descia, eu só ficava pensando se devia ou não fazer alguma coisa, quer dizer, eu nunca fui de brigar, mas eu precisava fazer algo. O elevador ia descendo e o tempo para eu agir ia chegando ao fim, então quando estávamos no décimo andar decidi o golpear na barriga. Depois de agir pensei que talvez fosse erro meu tentar bater em alguém o qual não conheço e, por fim, eu estava certo, minhas habilidades de luta são horríveis e por isso meu golpe nem chegou perto de surtir efeito. O senhor misterioso, com a maior naturalidade do mundo, me devolveu o golpe, o que doeu muito a ponto de me fazer cair no chão do elevador, após isso ele pegou uma caneta do bolso e disse:

– Boa noite garoto. – E encostou o objeto em meu pescoço.

 Quando acordei eu estava dentro de um carro qualquer o qual quem estava dirigindo era o tal senhor que havia me golpeado anteriormente, para minha surpresa eu não conseguia mexer meus braços e pernas.

– Por que não consigo me mover? – Ainda tonto perguntei.

– Olha quem acordou! – E olhou para o espelho do carro. – Seus movimentos vão voltar dentro de vinte minutos.

– Que maneiro! – Uma voz familiar soou de trás do carro.

Com toda minha força consegui virar a cabeça e olhos até que descobri que a tal voz vinha do meu amigo, eu estava tão tonto que, quando despertei, nem lembrava que aquele senhor havia dito que iríamos buscar o Lucas. Porém, para minha total surpresa, ele parecia estar muito à vontade, então com um pouco de raiva perguntei:

– Por que você está tão contente, Lucas?

– Porque… – Então ele foi interrompido pelo senhor misterioso.

– Ao contrário de você, seu amigo me deixou explicar tudo que está acontecendo… – Então ele me fitou com um olhar muito sério.

– Tá bom, o que está acontecendo? O que você quer comigo?

– Davis, me chamo Robert Paolini e trabalhei com seus pais na AFGE, todos nós fazíamos parte do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos, tínhamos um papel muito importante dentro desse departamento, porém seus pais queriam mudar o país e por isso lançaram um projeto secreto dentro da AFGE, apelidado de SMDE, Segurança Máxima dos Estados Unidos, quando o projeto foi descoberto… – Então ele suspirou. – Quando o projeto foi descoberto, seus pais morreram…

Talvez fosse muita informação para minha cabeça, eu até aquele momento não fazia muita ideia de quem meus pais eram ou o que faziam, após a morte deles eu fui morar com meus avós e eles nunca quiseram me explicar o que de fato havia acontecido naquele fatídico dia. A única coisa que eles, depois de muita insistência, me contaram foi que meus pais haviam morrido em um acidente de carro. Mas agora chega esse tal de Robert aparece em minha vida e fala que meus pais eram da AFGE e que possuíam um projeto secreto.

– Como assim eles morreram quando descobriram o tal SMDE? – Então virei meus olhos para Robert.

– Como você acha que seus pais morreram, Davis? – Antes que ele pudesse terminar eu gritei:

– Num acidente de carro! – Então suspirei. – Foi um acidente de carro, nada além disso… – Não me fazia bem pensar na morte de meus pais, sempre que fazia isso meus olhos se enchiam de lagrimas.

– Seus pais não morreram em um acidente de carro, eles foram mortos pelo Departamento de Segurança, o acidente foi forjado para que ninguém suspeitasse.

Antes que eu pudesse fazer mais perguntas, Robert completou:

– O projeto secreto de seus pais dentro do departamento de segurança ia longe de mais, o objetivo era criar sistemas de segurança e, além disso, muitos armamentos modernos que, se fossem aprovados naquela época, todos hoje estariam seguros, o crime simplesmente não existiria mais. – Então ele puxou o carro para o acostamento. – Davis, seus pais antes de morrerem me pediram para que, quando você completasse vinte e dois anos, eu o procurasse e o explicasse tudo que eles queriam por em prática, você é a esperança para que a SMDE volte à ativa, muitos protótipos estão guardados e existe um… – Antes de completar, ele deu uma pausa para pensar. – Deixe quieto, explico a você quando chegarmos a base.

Senti que não deveria fazer perguntas, pelo menos essa conversa toda me fez considerar Robert um amigo, ou algo próximo a isso, se meus pais confiavam nele eu também deveria confiar, então voltamos para a estrada, não sabia exatamente onde íamos, só sabia que muita coisa ainda iria descobrir.

Depois de quase três horas de viagem, passamos por uma placa que dizia “Nova York a 10km”, será que é para lá que estamos indo? Não sei e tentei não deixar minha curiosidade aflorar, pois depois de minha conversa com Robert, ele parecia estar tão nervoso quanto eu, talvez lembrar de meus pais o deixe também com uma forte dor no peito. Assim que entramos em Nova York, Robert entrou em algumas ruas que eu jamais pensaria que existiam, parecia uma área industrial abandonada. Estar ali me dava arrepios, a junção de prédios velhos com ruas vazias durante a noite fazia parecer que a qualquer momento alguém chegaria para nos fazer algum mal.

Poucos metros depois, Robert virou o carro em direção a um portão velho e disse:

– Acho que teremos que arrombar. – Então deu um sorriso nervoso. – Perdi minhas chaves há uns dez anos.

Então nós três descemos do carro, eu e Lucas fomos em direção ao portão enquanto Robert foi até o porta-malas do carro. O que ele ia pegar eu não fazia ideia, estava mais preocupado em como faríamos para entrar no tal lugar. Enquanto eu e Lucas discutíamos sobre como poderíamos abrir o cadeado enorme e enferrujado, Robert nos surpreendeu e com um martelo aparentemente bem pesado bateu no cadeado até que ele se rompeu.

– Pronto, podemos entrar meninos. – Disse, Robert enquanto caminhava em direção ao prédio velho que ali dentro estava.

Assim que chegamos na porta central do prédio, uma luz se acendeu e um sensor começou a analisar os olhos e rosto de Robert, quando terminou uma voz robótica disse:

– Seja bem-vindo, Senhor Robert. – E então a porta se abriu.

Para meu espanto, quando entramos, o prédio estava completamente limpo, parecia que jamais havia sido abandonado.

– Como este lugar tem energia e como pode estar tão limpo depois de tantos anos? – Lucas animado perguntou.

Então, Robert nos explicou que o local possuía um sistema único de baterias nucleares e que por esse motivo tudo continuava funcionando, também explicou que por questão de segurança, o prédio todo possui um sistema de auto-limpeza que agia a cada 24h.

Depois da explicação fomos em direção a uma sala ainda maior, nela pude ver muitos servidores interligados e um telão ao centro, tudo parecia tecnologia de ponta. Os servidores estavam com os leds piscando, mostrando que estavam calculando e transferindo dados a todo momento. Então Robert sentou, colocou alguns comandos e isso fez com que no telão um vídeo de meus pais trabalhando num projeto fosse iniciado.

– Aqui estão seus pais e uma equipe de engenheiros projetando o objeto que usei para você desmaiar hoje mais cedo. – Disse Robert.

Eu estava tão fascinado de poder ver meus pais em um vídeo que nem prestei muita atenção no que ele dizia, meu maior desejo é que o tal vídeo jamais terminasse, minhas lembranças estavam cada ano mais fracas e ver as pessoas que me deram a vida novamente, mesmo em vídeo me fez ficar muito emocionado.

– Objeto, que objeto? – Perguntou Lucas.

– Este. – Então Robert tirou de seu bolso o tal objeto, que agora eu percebi não ser uma caneta, mas sim um pedaço de metal brilhante. – Isso aqui se encostado em alguém o faz desmaiar por mais ou menos trinta minutos, assim que a pessoa volta ela ainda fica praticamente sem movimentos por uns vinte minutos. – Então voltou a guardar o objeto no bolso.

Depois de me recompor, andei até Robert e resolvi o questionar sobre tudo aquilo.

– Tá tudo legal, mas qual o fim que meus pais e você queriam com essas invenções? Qual o real objetivo disso tudo?

Então Robert apontou para o telão e disse:

– Computador… executar apresentação SMDE! – Este comando fez com que um vídeo de apresentação de todo o projeto fosse iniciado, parecia até um comercial de tv.

“Olá, a SMDE nasceu da necessidade de melhorar a vida de nossos cidadãos americanos! Nossa equipe de cientistas está a todo momento desenvolvendo sistemas modernos de segurança para que muito em breve os Estados Unidos possuam o sistema de segurança mais moderno do mundo.”

Depois que o vídeo terminou Robert me olhou:

– Entendeu agora? – Então ele colocou sua mão em meu ombro e completou. – Seus pais e eu tínhamos uma equipe inteira dedicada a desenvolver as melhores armaduras, armas e todos os tipos de objetos para serem usados na segurança de nossa nação.

– Então, a SMDE foi criada sem que o Departamento de Segurança Interna soubesse, pois você e meus pais sabiam que todo o departamento estava corrompido, certo? – Sem permitir que Robert me respondesse, continuei a ligar os pontos. – Porém, para o azar de todos, a SMDE foi descoberta e por isso meus pais foram mortos… – Antes de conseguir terminar, uma forte tristeza me abateu novamente.

– O mais importante que eu tenho para te falar hoje é que seus pais não me pediram para mostrar tudo isso à toa para você… – Então Robert coçou a testa e suspirou.

– Acho que não estou entendendo… – E levantei a cabeça.

– Seus pais querem que você de continuidade a um projeto extremamente secreto que eles estavam desenvolvendo, admito que tive pouco contato com eles enquanto trabalhavam nisso. Porém sei que eles deram a vida para que esse laboratório todo continuasse intacto até que você tivesse a idade necessária para que eu pudesse te apresentar… – Ele tirou do bolso uma espécie de chip e o introduziu a uma pequena abertura no computador central. – Apresento a você o projeto “HEROv2”!

Então um alarme soou e todo o laboratório começou a tremer, enquanto alguns servidores iam entrando para o chão uma espécie de redoma surgiu no centro da sala, dentro era possível ver um traje que parecia ter sido feito para a Swat.

– Davis, apresento a você o “HEROv2, um traje especial desenvolvido com o material Carbinov7, nada mais, nada menos que o material mais resistente e incrível do mundo. Para você entender um pouco melhor… – Nisso ele abriu um sorriso. – Carbinov7 foi desenvolvido pelos seus pais usando como base o Carbino, porém eles conseguiram deixar este material sete vezes mais forte, por isso o Carbinov7 é vinte e uma vezes mais resistente que o diamante, também aguenta altíssimas temperaturas e absorve a maior parte dos impactos sofridos em uma batalha. – Então, ele inspirado, me puxou e disse em meu ouvido. – E o melhor… Só existe este traje e ele é, digamos… indestrutível!

Quando eu pensei que Robert ia parar de falar, ele me apresentou uma espécie de Google Glass com apenas uma lente.

– Este é o ScouterV7, sim, seus pais gostavam do número sete. – Então ele deu uma leve risada. – Como você pode ver, isso você coloca em sua orelha e nos olhos. Ele está conectado a um sistema de inteligência artificial mais incrível já criado e auxiliará você em missões, batalhas… E no que quer que você precise… – Ah, pode chama-lo de Scouter mesmo.

Então Robert ajustou o aparelho em mim e eu disse:

– Scouter, você está aí?

– Boa noite, Davis! Me chamo Scouter e a partir de agora estarei 100% disponível aos seus comandos. Gostaria de informa-lo que estou conectado também ao HEROv2. Caso necessite posso ativa-lo a qualquer momento, basta você solicitar.

– Então quer dizer que Davis será uma espécie de justiceiro, ou melhor… um herói? – Perguntou Lucas.

– Hã!? – Eu disse.

– Isso mesmo Lucas, com a união do traje HEROv2 e o ScouterV7, Davis será praticamente imbatível. – Então ele me olhou. – Porém ainda temos uma missão, você precisará passar pelo modulo de treinamento, nele iremos plugar seu cérebro a um sistema onde você, em apenas alguns minutos, ficará melhor que qualquer faixa preta em lutas, também injetaremos agulhas em seu corpo para transformar seus ossos. Se você sobreviver, todos os seus ossos serão de Carbinov7.

Gostaram? Espero que sim… Em breve pretendo termina-lo e liberar o livro completo para todos que curtem heróis. Muito obrigado e se possível por favor compartilhe está história com o maior número de amigos. Eu agradeço MUITO. Um forte abraço e MUITO obrigado pela força.