No início da manhã de 24 de março de 1998 Amy Lynn Bradley, uma jovem de 23 anos, estava descansando normalmente na varanda de sua suíte em um navio de cruzeiro. Naquele dia seu pai havia acordado cedo, entre 5:15 e 5:30 da manhã, e pensou em despertar a filha, mas resolveu deixá-la dormir um pouco mais já que na noite anterior ela tinha dançando na boate do navio até as primeiras horas da madrugada. No entanto, quando ele voltou às 6 da manhã para ver como sua filha estava, ela simplesmente tinha sumido. Em apenas meia hora, Amy Lynn Bradley desapareceu para nunca mais ser encontrada.

Quatro dias antes do desaparecimento de Amy, a família havia embarcado no “Rhapsody of the Seas” (“Rapsódia dos Mares” em português), um cruzeiro caribenho com destino às Antilhas. A primeira parte da viagem no cruzeiro transcorria sem problemas, enquanto a família aguardava o desembarque do navio em Curaçao, um país insular das Antilhas menores. Na noite anterior ao desaparecimento, Amy e seu irmão Brad haviam visitado a boate do navio onde uma banda ao vivo chamada Blue Orchid estava tocando.

De acordo com Brad, ele havia deixado Amy no clube com um dos membros da banda, conhecido como Yellow, que mais tarde alegou que tinha se despedido dela por volta de 1:00 da manhã. Se o relato do pai de vê-la na varanda estava correto, isso significava que ela realmente estava em sua suíte por cerca de quatro horas antes de desaparecer.

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Ammy e seu irmão pouco antes do desaparecimento.

Quando a família de Amy descobriu que ela estava desaparecida, eles prontamente alertaram as autoridades a bordo e chegaram a implorar para que eles não atracassem o navio, temendo que isso desse ao possível sequestrador uma chance de escapar. No entanto, a tripulação supostamente se recusou a não atracar o navio e nem sequer investigou o desaparecimento da garota até o momento em que o navio chegou no porto.

Uma vez atracado, o navio foi completamente inspecionado, embora a família Bradley tenha observado que muitos passageiros já haviam deixado o navio antes que a busca fosse concluída. Além do navio, o mar também foi inspecionado, embora as autoridades afirmassem que seria improvável que Amy tivesse caído no mar sem deixar nenhum vestígio, pois ela era uma ótima nadadora. Com base no relato de seu irmão sobre a noite anterior ao desaparecimento, a família Bradley suspeitou que a tripulação estava de alguma forma envolvida em seu desaparecimento. Brad alegou que a equipe da boate estava lhe dando uma “atenção especial”, o que levou a família a suspeitar que um deles havia raptado Amy para uma suposta rede de tráfico sexual.

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O FBI tentou recriar as características faciais de Amy ao longo dos anos.

Por mais incrível que pareça, a hipótese de que Amy tivesse sido raptada para essa finalidade não era totalmente infundada. Embora a investigação inicial não tivesse concluído absolutamente nada, vários turistas e visitantes de Curaçao alegaram ter visto Amy Lynn Bradley ao longo dos anos. Em agosto de 1998, cinco meses depois do desaparecimento, dois turistas canadenses avistaram uma mulher em uma praia que correspondia à descrição física de Amy. A mulher até tinha tatuagens semelhantes: um diabo da Tasmânia com uma bola de basquete no ombro, um sol nas costas, um símbolo chinês no tornozelo direito e um lagarto no umbigo.

Em 1999, um membro da Marinha visitou um bordel em Barbados e alegou ter visto Amy, ou pelo menos uma mulher que dizia ser ela. O marinheiro alegou que a mulher disse que seu nome era Amy Bradley e estava pedindo ajuda, dizendo que ela não podia deixar o bordel. Logo após ela relatar a sua situação, dois homens supostamente a agarraram pelo braço e a levaram para o andar de cima. Outra possível aparição de Amy ocorreu seis anos depois quando uma mulher afirmou ter visto ela em um banheiro de uma loja de departamentos em Barbados.

A aflição dos membros da família Bradley chegaria a um nível ainda mais crítico em 2005 quando eles receberam um e-mail contendo uma foto de uma mulher que parecia ser Amy deitada em uma cama e usando roupas íntimas. Um membro de uma organização que buscava localizar vítimas de tráfico sexual em sites adultos acabou se deparando com a foto e achou que poderia ser Amy.

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A foto que os pais de Amy receberam.

Até hoje, a investigação sobre o desaparecimento de Amy Lynn Bradley está em andamento, embora nenhuma pista tenha surgido nos últimos anos. Além disso, tanto o FBI quanto a própria família Bradley oferecem recompensas consideráveis ​​por informações sobre o paradeiro dela, mas sem notícias relevantes até o momento, o desaparecimento de Amy continua sendo um grande mistério.

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