Eu sou um cara que escuta de tudo: quem olhar minha playlist vai se assustar com o conteúdo, lá tem desde Bowie a Sting, de Michael Jackson a Muse, de The Killers a Diana Ross e por aí vai. Mas se tem um nome sempre presente em minhas playlists, esse é Bob Marley. O artista que, mesmo tendo falecido 14 anos antes do meu nascimento, me faz sentir falta de seu trabalho. Em termos de sonoridade, um reggae pode até ser comparado a outros, mas as letras de Bob são inconfundíveis.

Bob Marley morreu há quase 40 anos e seu impacto cultural no mundo ainda é grande. O jamaicano, que sempre pregou e paz e o fim de brigas desnecessárias entre os seres humanos faleceu em decorrência de um câncer de pele, aos 36 anos. Músicas como “War”, “Redemption Song”, “No Woman No Cry” e “Three Little Birds” marcaram época e Marley foi considerado como a celebridade do terceiro mundo, já que a Jamaica era um dos países mais subdesenvolvidos e sua fama se tornou mundial.

Em vida, Bob Marley nunca ganhou um Grammy, mas em 2001 a academia musical resolveu lembrar da história do ídolo com o prêmio Lifetime Achievement, dado a nomes como Frank Sinatra, Elvis Presley, The Beatles, David Bowie, Michael Jackson, The Doors e Aretha Franklin. Em 1994, Bob recebeu outro prêmio póstumo, o do Hall da Fama do Rock And Roll.

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O lendário artista nasceu em 1945 e é filho de um militar inglês com uma jamaicana. O pai nunca foi presente e morreu quando Bob ainda era criança. De acordo algumas biografias do artista, ele era conhecido em Kingston por ler as mãos dos moradores e acertava as previsões que fazia, por isso foi ficando conhecido na região. O artista foi preso algumas vezes por porte de maconha e foi lá onde fez amigos que lhe estimularam a fazer músicas de cunho mais políticos como “War” e outras.

A única vez que Bob Marley veio ao Brasil não foi para um show: ele veio a passeio em 1980 e jogou futebol no campo do Polytheama, time de Chico Buarque. Além do cantor brasileiro, quem também estava no campo para a pelada eram Junior Marvin, guitarrista do Wailers, Jacob Miller, guitarrista do Inner Cicle, Toquinho e Paulo César Caju, que foi tricampeão com a Seleção em 1970.

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Mesmo sendo um artista conhecidíssimo e adorado por muitas pessoas, Bob não despertava esse sentimento de união pela música em todos, tanto que em dezembro de 1976, Marley e sua esposa Rita, além do seu empresário Don Taylor sofreram um atentado na cidade de Kingston. O atentado teria motivações políticas, já que o artista se apresentaria dias depois no “Smile Jamaica”, evento feito para apaziguar os ânimos de dois grupos políticos. Mesmo ferido, o artista se apresentou no festival para mais de 80 mil pessoas.

A religião de Bob era a Rastafari, e ele ajudou a disseminar com suas músicas como “Rastaman Chant” e “Babylon System” e sua morte tem uma certa ligação com a religião. Em 1977, o jamaicano estava em Londres jogando futebol e machucou o dedão do pé direito. Na ocasião, a unha caiu por conta de um ferimento não tratado. Três anos a partir do acontecimento, ele desenvolveu um câncer de pele, melanoma maligno no local. A religião Rastafari não permite a amputação, solução encontrada pelos médicos.

Marley ainda procurou uma outra solução: o médico naturalista Joseph Issels, na Alemanha, mas não tinha mais como salvar o rei do reggae. O artista já estava com o câncer espalhado pelo cérebro, pulmão e estômago. Ele voltava para Jamaica, mas passou mal durante a viagem e precisou ser internado em Miami, cidade onde morreu em 11 de maio de 1981. Os herdeiros de Bob, Ziggy, Stephen, Ky-Mani, Damian e Julian Marley costumam cantar sucessos do pai durante seus shows.

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