Se você costuma ficar ligado nas novidades relacionadas aos avanços científicos e ao desenvolvimento de novas tecnologias, já deve ter ouvido falar na nanotecnologia. Por se tratar de algo que é amplamente usado em vários campos de estudo ligados à ciência e engenharia, a nanotecnologia pode parecer ser algo de difícil compreensão para boa parte do público, mas na verdade não se trata de nenhum bicho de sete cabeças. Que tal conhecer um pouco sobre ela?

A nanotecnologia é o ramo da tecnologia que busca desenvolver componentes e materiais destinados a vários campos de pesquisa, como a eletrônica, engenharia, medicina, agricultura e computação. Ela tem tem esse nome porque lida com partículas de menos de 100 nanômetros. Para se ter uma ideia, uma simples folha de jornal possui aproximadamente 100.000 nanômetros de espessura. Por causa de sua precisão, a nanotecnologia geralmente foca seus esforços na construção de estruturas a partir de átomos. Isso faz com que os pesquisadores desenvolvam materiais melhores, pois as estruturas em nanoescala se comportam de uma maneira que permite um melhor controle do seu desenvolvimento.

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O DNA humano mede cerca de 2,5 nanômetros.

As ideias e conceitos por trás da nanotecnologia começaram com uma palestra do físico Richard Feynman intitulada “There’s Plenty of Room at the Bottom” (“Há muito espaço no fundo” em português), em uma reunião científica realizada em 29 de dezembro de 1959. Em sua palestra, Feynman descreveu um processo no qual os cientistas seriam capazes de manipular e controlar átomos e moléculas individualmente. Mais de uma década depois e após vários experimentos, o professor Norio Taniguchi inventou o termo nanotecnologia. No entanto, foi apenas em meados de 1981, com o desenvolvimento de microscópios de varredura capazes de “ver” átomos individuais, que a nanotecnologia moderna finalmente teve seu início.

O uso da nanotecnologia nos últimos anos trouxe melhorias significativas em muitos campos. Na agricultura, ela é constantemente usada na busca de soluções para a segurança alimentar. Na engenharia, a sua precisão tem ajudado a reduzir significativamente o número de problemas mecânicos que antes eram associados a acidentes e mortes. Até mesmo a medicina tem se beneficiado com o uso dessa tecnologia, principalmente no reparo de tecidos e células através da nanotecnologia molecular.

No entanto, os especialistas alertam que a extensa aplicação das nanopartículas podem levar a riscos ainda não estabelecidos. Essas partículas são muito pequenas para serem observadas a olho nu, por isso os seus impactos ambientais podem levar a enormes problemas no futuro se não forem usadas adequadamente. Portanto, a nanotecnologia deve ser constantemente pesquisada para evitar quaisquer danos no nosso planeta.

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