Pensa num cara esperto, mas muito esperto. Nesta manha de sexta-feira (26) um homem de 45 anos foi preso por tentativa de furto, posse de objeto ofensivo e danos ao patrimônio após tentar roubas a Carta Magna que estava exposta na Catedral de Salisbury em Wiltshire, Inglaterra na base da martelada. Só para você ter uma ideia, uma das cópias deste importante documento vale tanto quanto as joias da Coroa Britânica.
Caso você não lembre de suas importantes aulas de história, a Carta Magna foi assinada em 1215 pelo conhecido rei João e tem um grande valor histórico já que é considerado um dos primeiros documentos da Europa que tinha o objetivo de limitar o poder da monarquia, iniciando um processo constitucional que possuia leis e defesa dos direitos do indivíduo. Hoje existem apenas quatro cópias originais desta carta, sendo que uma fica na Catedral de Salisbury. Testemunhas que estavam no local informaram que diversos alarmes começaram a soar quando o homem decidiu quebrar o vidro que protegia o documento a martelada mesmo. Porém, sua tentativa foi frustada por pessoas que estavam visitando o local e o impediram. Autoridades afiram que não houveram feridos ou danos ao documento histórico.
Sobre a Carta Magna
Falando um pouco de mitologia para associar o nome a pessoa, o rei João é conhecido mundialmente em função das histórias do grande herói inglês Robin Hood. Sim, é ele o cruel rei da história que assumiu o poder após a morte do rei Ricardo Coração-de-Leão que era extremamente popular. Fugindo da ficção, o rei João fracassou em suas campanhas militares e acabou apresentando péssimas habilidades diplomáticas, assim sendo pressionado por outros nobres a assinar a Carta Magna com o objetivo de limitar seus poderes. A mesma foi assinada em 10 de junho de 1215 em Londres, porém no ano seguinte o monarca faleceu e deixou o dever para seu filho, que deveria cumprir todas as disposições garantidas pelo pai.
Até hoje a Carta Magna é considerado o primeiro documento Constitucional da modernidade já que garantia direitos aos civis. Dentre seus artigos diz: “A ninguém vendemos, a ninguém recusaremos ou atrasaremos, direito ou justiça”. Até hoje essas garantias são base ao fortalecimento do Parlamento do Reino Unido, responsável pelo poder político.
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