Talvez você já tenha assistido uma das maiores obras-primas de Quentin Tarantino onde uma mulher se vinga dos nazistas de uma forma completamente épica. Em “Bastardos Inglórios”, Shosanna Dreyfuss teve sua família executada e utilizou um cinema francês para finalmente acertar as contas em aberto com o regime nazista. Claro que aquilo era uma obra de ficção, mas nesse artigo vamos falar sobre uma outra mulher que também foi movida pela vingança para realizar um plano contra os soldados de Adolf Hitler.

Mariya Oktyabrskaya foi uma mulher que perdeu seu esposo em 1941, mas só ficou sabendo que o amado sucumbiu contra os nazistas em 1943. Ele foi um dos soldados mortos no começo da invasão nazista na Ucrânia, em Kiev. O país perdeu cerca de 11 milhões de pessoas em combate, o maior número de perdas em guerras militares, mais que o dobro dos que foram mortos na Alemanha Nazista. A esposa não se conteve apenas em chorar a morte do amado, ela se apegou ao espírito de vingança, juntou suas economias e enviou uma carta para Stalin.

Mariya escreveu que o seu marido havia sido morto em ação defendendo a pátria e que o seu desejo era se vingar dos “cães fascistas” pela morte de seu marido e pela morte do povo soviético, que foi torturado pelos bárbaros. No relato, ela informou ao líder que depositou sua poupança de 50 mil rublos para o Banco Nacional para que fosse construído um tanque de guerra. Ela pediu que o nome do tanque fosse “Namorada Guerreira” e fosse enviada para a linha de frente como motorista do tanque.

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O Comitê de Defesa concedeu o desejo a ela. A viúva sedenta por vingança foi treinada por cinco meses como piloto de tanque. Na época de sua primeira batalha, Mariya tinha 38 anos. Em 21 de outubro de 1943, ela destruiu posições de artilharia e metralhadora da Alemanha. Seu veículo foi atingido e ela saiu para o consertar, mesmo contra a ordem do superior: ela conseguiu mesmo em meio ao fogo inimigo e foi promovida a sargento.

Em novembro do mesmo ano, Mariya ajudou na reconquista dos soviéticos sobre Novoye Selo e fez novamente o que lhe rendeu a promoção: saiu do tanque para o consertá-lo. Sua fama se espalhou e o exército vermelho a considerava invencível. Porém, sua carreira meteórica teve uma curta duração. Em 17 de janeiro de 1944 ela e sua equipe atacavam linhas alemãs e um projétil antitanque atingiu o Namorada Guerreira. Ela saiu novamente para consertar o tanque e foi atingira por um fragmento de explosão de um tiro de artilharia.

Ela entrou em coma e morreu após dois meses internada. Em 2 de agosto de 1944, Mariya recebeu uma homenagem póstuma com o título de Heroína da União Soviética, maior honraria oferecida na época: primeira mulher no posto a receber esse reconhecimento.

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