Ontem (30) um ex-enfermeiro alemão chamado Niels Hoegel admitiu que matou 100 pacientes durante o exercício de sua profissão, isso durante seu julgamento que marcou este como o maior caso de serial killer na Alemanha desde o final da Segunda Guerra Mundial. Hoje, Hoegel tem 41 anos e já está preço há cerca de 10 anos em função de sua sentença perpétua a qual foi condenado pela morte de outros pacientes. Ele foi acusado por administrar de forma intencional overdoses de remédios para, então, tentar ressuscitá-los quando estavam a beira da morte.

A primeira pergunta respondida pelo enfermeiro foi feita pelo juiz Sebastian Buehrmann que perguntou se as acusações estavam corretas. Sua resposta? “Sim, O que eu admiti aconteceu”. Segundo os promotores, um mínimo de 36 pacientes foram mortos em um dos hospitais de Oldenburg onde ele trabalhava. Além desses, pelo menos 64 vítimas foram mortas em uma clínica próxima a Delmenhorst entre 200 e 2005. Mais de 130 pessoas que faleceram sob os cuidados de Hoegel tiveram seus corpos exumados, este foi chamado pelos investigadores como um caso sem precedentes na Alemanha.

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Familiares das vítimas estão revoltados com a quantia de mortes realizadas pelo enfermeiro sem levantar nenhuma suspeita. Ele foi capturado em 2005 enquanto injetava um medicamento em um paciente em Delmenhorst sem prescrição médica. Por este crime, foi condenado em 2008 a 7 anos de prisão. Então, entre 2014 e 2015 foi realizado outro julgamento fruto da pressão exercida por familiares de supostas vítimas. Neste ele também foi considerado culpado, desta vez pela tentativa de cinco outros assassinatos e recebendo a pena máxima de 15 anos. Neste momento Hoegel confessou ao seu psiquiatra que teria cometido um mínimo de 30 assassinatos em Delmenhorst, assim dando início a uma onda de investigação também em Oldenburg.

Os investigadores acreditam que exista uma grande chance de chegar a um número final de 200 mortos, porém como diversos dos corpos das vítimas foram cremados jamais se saberá o número exato. Até o momento, sabe-se que Hoegel seguiu um mesmo procedimento em todas as vezes onde injetava medicações que provocavam parada cardíaca. Então, tentava – sem sucesso – ressuscitar as vítimas. Os promotores acreditam que sua motivação foi a vaidade, para assim ostentar quantas vidas teria salvo. Quanto a escolha das vítimas, esta era feita de forma aleatória. O psicólogo responsável pelo enfermeiro avaliou que a morte não era diretamente o objetivo do serial killer, isso porque a sensação de trazer alguém de volta a vida era como uma droga para ele que o deixava satisfeito por pouco tempo, assim tentando novamente em alguns dias.