Muitas invenções são fruto de acontecimentos que ocorrem através do puro acaso. Essas ideias geralmente surgem como o resultado da perspicácia de alguém que viu o que todo mundo também tinha visto, mas que foi capaz de pensar no que ninguém nunca havia pensado. Foi desse modo que surgiu o Teflon, uma substância química utilizada em várias aplicações, incluindo as famosas panelas antiaderentes.

O homem que inventou acidentalmente o Teflon foi o Dr. Roy Plunkett, que tinha doutorado em química orgânica. Ele tinha sido contratado pela empresa DuPont para trabalhar na sintetização de novas formas de fluidos refrigerantes, tentando encontrar uma alternativa não tóxica a substâncias já conhecidas como o dióxido de enxofre e a amônia. Em abril de 1938, o Dr. Plunkett juntamente com seu assistente, Jack Rebok, estavam experimentando um desses potenciais fluidos refrigerantes alternativos, o tetrafluoretileno (TFE), o qual resolveram armazenar o seu gás em pequenos cilindros. Após abrirem a válvula em um dos cilindros pressurizados de TFE que haviam sido congelados anteriormente, Dr. Plunkett e Jack Rebok descobriram que o gás TFE havia polimerizado em um pó ceroso, dando origem à resina de politetrafluoretileno.

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Dr. Roy Plunkett, o pai do Teflon.

Plunkett, em seguida, executou testes com a nova substância para ver se ela tinha alguma propriedade útil. As quatro propriedades mais importantes descobertas davam conta de que a substância era extremamente escorregadia, não corrosiva, quimicamente estável e que tinha um ponto de fusão extremamente alto. Essas propriedades foram consideradas interessantes o suficiente para que o estudo da substância fosse transferido para o Departamento Central de Pesquisa da DuPont, que por sua vez era destinado a químicos com experiência especial em pesquisa e desenvolvimento de polímeros.

Após três anos de longas pesquisas, a substância foi patenteada e registrada sob o nome Teflon. Quatro anos depois, o Teflon começou a ser vendido, sendo inicialmente usado apenas em aplicações industriais e militares, devido aos custos relativamente altos da produção da substância. Na década de 1960, o Teflon passou a ter usos mais populares, como repelente de manchas em tecidos e isolador de fios elétricos. Foi também na década de 1960 que o Teflon começou a ser usado em sua aplicação mais conhecida: um excelente revestimento para panelas antiaderentes.

Hoje, o Teflon também é usado em limpadores de para-brisa, tapetes, lâmpadas, revestimentos de óculos, lubrificantes automotivos e até mesmo em ignitores para propulsores de foguetes.

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