Quando você pensa em vikings, o que vem à sua mente? Se você pensar como a maioria das pessoas, provavelmente imagine um bando de valentões grandes, fortes, loiros e sanguinários que adoram viajar em barcos para vilarejos costeiros com o objetivo de saquear e roubar. Se o seu conhecimento com relação aos vikings é proveniente de desenhos animados e programas de televisão, também é provável que você imagine-os usando enormes chapéus com chifres. Mas essas características dos vikings são realmente precisas? E essas pessoas ainda existem nos dias atuais?

Como os vikings são frequentemente retratados de uma maneira exagerada em livros e filmes, não é surpresa para ninguém o fato de que eles eram um pouco diferentes na vida real. Na verdade, os vikings nem mesmo pertenciam a uma única nação e não consistiam em uma única raça ou grupo de pessoas. A palavra “viking” é frequentemente associada à palavra escandinava “vikingr”, que significa “pirata”. No entanto, ao invés de um substantivo, o povo escandinavo usava o termo “viking” como um verbo para se referir ao ato de explorar lugares através do mar. Além disso, essas expedições no exterior não se limitavam a invasões, mas também incluía a busca por parceiros comerciais. Ou seja, os vikings não foram originalmente definidos por quem eles eram, mas pelo o que eles faziam.

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Artefatos vikings em um museu de Oslo, na Noruega.

Os historiadores traçam o início da era viking através de um ataque no ano de 793 aos monges de Lindisfarne, uma pequena ilha na costa nordeste da Inglaterra. A biblioteca foi destruída, os tesouros da igreja foram roubados e muitos monges foram mortos ou levados como prisioneiros. Este ataque brutal deu o tom de como os vikings seriam retratados ao longo da história. Ataques ao longo das áreas costeiras em todo o norte da Europa continuaram nos séculos seguintes, sendo que esses ataques eram geralmente realizados por muitos povos diferentes de áreas que hoje conhecemos como Escandinávia, incluindo Dinamarca, Noruega e Suécia.

Embora essas pessoas tivessem origens diferentes, todas eram chamadas de vikings porque compartilhavam alguns traços comuns: eram estrangeiros, não eram cristãos e não eram “civilizados” em comparação com os padrões europeus do continente. No entanto, os vikings não gastavam todo o seu tempo roubando e saqueando. Por exemplo, eles também plantavam em suas terras durante os períodos de cultivo. Também vale destacar que eles não usavam capacetes gigantes com chifres, mas eles realmente eram ótimos em construir barcos leves. De fato, alguns historiadores acreditam que eles descobriram as Américas muito antes de Colombo, chegando a Newfoundland, no Canadá, por volta do ano 1000.

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Embarcações vikings.

Mas afinal, os vikings ainda existem nos dias atuais? Bem, a resposta pode ser sim ou não, a depender do ponto de vista. Obviamente, aqueles que enfrentavam os mares para roubar, saquear ou negociar, realmente não existem mais. No entanto, as pessoas que fizeram essas coisas há muito tempo atrás tiveram descendentes, que por sua vez constituem a maior parte da população dos países da Escandinávia, como a Dinamarca, a Suécia e a Noruega.

De fato, em muitos países escandinavos ainda existem grandes grupos de pessoas que dedicam suas vidas a viver do quase do mesmo modo como os vikings viviam há muito tempo atrás. Por exemplo, tanto a Noruega quanto a Suécia têm vilarejos cheios de pessoas que vivem como vikings na era moderna, recriando as ferramentas, os barcos e os modos de vida que esse povo estabeleceu no passado.

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