Línguas indo-europeias… Há alguns dias descobri essa expressão e fiquei extremamente curiosa para descobrir o que ela significa. Vamos lá?

A chamada indo-europeia é uma família composta por algumas centenas de línguas e dialetos, todas convivendo unidas nessa classificação. Para você ter ideia, são incluidas na família as principais línguas faladas na Europa, Irã e até mesmo norte da Índia. Outros idiomas incluídos são os da Ásia Menor e Ásia Central. Cerca de três bilhões de pessoas falam os idiomas indo-europeus, sendo este o maior número dentre as chamadas famílias linguísticas já reconhecidas. Depois da indo-europeia, a segunda com maior número de falantes é a família sino-tibetana.

Na sua origem foram visitantes europeus que chegaram a Índia que perceberam a semelhança nos dialetos ainda no século XVI. Então, em 1583 o padre Thomas Stephens que era missionário jesuíta inglês na cidade de Goa, Índia, começou a reparar nas semelhanças nos idiomas indianos com sua própria língua materna, principalmente o concani, grego e latim. Ele catalogou e escreveu sobre essas semelhanças ao seu irmão em uma carta que foi publicada como documento no século XX.

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Então, em 1647 o linguista e acadêmico Marcus Zuerius van Boxhorn, nascido na Holanda, sugeriu que diversas línguas tinham semelhanças por terem nascido de um idioma primitivo comum ao qual ele batizou de cita. Em sua hipótese ele incluía o holandês, grego, latim, persa e alemão, incluindo depois as línguas eslavas, celtas e bálticas. Infelizmente seu estudo parou por ai, não sendo difundido ou estimulado na época. Como disciplina, os estudos indo-europeus só foram possíveis graças a Thomas Young que utilizou o termo pela primeira vez em 1813, o mesmo se tornou um termo científico padrão após a obra de Franz Bopp chamada de A Gramática Comparativa de Bopp que foi publicada em 1833 e é o ponto de partida do estudo.

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