As atitudes de outras pessoas em relação à preguiça e à impaciência podem ser contagiosas para você. É o que revela um estudo produzido na França. Os pesquisadores descobriram que as pessoas não apenas captam as atitudes de outras pessoas em relação a três características de personalidade (preguiça, impaciência e prudência), mas também podem até começar a imitar esses comportamentos, originando uma espécie de “contágio social”.

“Prudência, impaciência e preguiça são traços de personalidade que orientam as pessoas a tomarem decisões que envolvem arriscar, atrasar uma ação e fazer um esforço”, disse Jean Daunizeau, líder do grupo de pesquisa do ICM Institute for Brain and Spinal Cord em Paris. Daunizeau é o principal autor do estudo, que ajuda a esclarecer alguns pontos interessantes. Por exemplo, atitudes como a prudência, a impaciência e a preguiça sempre foram tipicamente consideradas características parcialmente genéticas, por isso os pesquisadores pensavam que esses três traços fossem imunes a influências ambientais. Mas o estudo sugeriu que a influência social pode mudar as atitudes das pessoas quanto a serem prudentes, impacientes ou preguiçosas, embora os participantes da pesquisa não soubessem que a influência social estava tendo esse efeito sobre eles.

estudo sugere que a preguica pode ser contagiosa 1

Uma explicação para isso pode estar no fato de que as pessoas imitam o comportamento dos outros por causa das “normas sociais”, incluindo o desejo de se sentir parte integrante de um determinado grupo. Desse modo, as pessoas tendem a imitar os outros para que o seu comportamento possa se adequar e se assemelhar a indivíduos desse grupo, o que de certa forma é algo que fazemos o tempo todo. Uma segunda explicação é que algumas pessoas podem pensar que as outras possuem alguma forma de informação privada sobre a melhor forma de se comportar em um contexto social. Nesse caso, as pessoas imitam os outros porque acreditam inconscientemente que elas podem levar algum tipo de vantagem com isso.

Os pesquisadores buscam aplicar as ideias obtidas através desse trabalho para saber se o alinhamento de atitudes observado no estudo pode diferir em pessoas com transtornos neuropsiquiátricos, como o transtorno do espectro autista e a esquizofrenia.

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