Os tigres-dente-de-sabre são sempre lembrados com admiração por muitos entusiastas como verdadeiras relíquias da última era glacial. No entanto, apesar de todo o fascínio em torno da sua história, a verdade é que a sua extinção pode ter ocorrido por meios bem mais mundanos do que muita gente imagina. Apesar de seu tamanho e seus dois caninos de quase 20 centímetros, as mudanças ambientais, a falta de comida e caça humana são fatores geralmente citados como as principais causas para que essas feras fascinantes desaparecessem da face da Terra para sempre.

Analisando a criatura

O Smilodon (o nome científico para a espécie) fazia parte da família Falidae, que inclui todos os gatos vivos ou extintos. Essa espécie viveu em algumas partes da América e é comumente descrita como tendo vivido lado a lado com a humanidade durante a última era glacial. No entanto, essa espécie é na verdade muito mais velha que isso. Algumas evidências fósseis já encontradas datam de cerca de 1,8 milhões de anos atrás. Uma espécie semelhante, mas menor, Smilodon gracilis, viveu 2,5 milhões de anos atrás. Através dessas descobertas, os cientistas puderam descobrir alguns fatos que podem ajudar a formular algumas ideias sobre como ela acabou sendo extinta há 10.000 anos, apesar de cada teoria contar com certas limitações.

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A teoria das mudanças climáticas e propagações de doenças

Os tigres-dente-de-sabre foram extintos no final do último período glacial no que ficou conhecido como o evento de extinção quaternário. Quinze espécies de grandes mamíferos foram extintas na América do Norte durante essa janela de 1.500 anos. Para colocar isso em perspectiva, apenas 33 no total haviam sido extintas durante os últimos 50.000 anos. Curiosamente, a espécie Smilodon havia sobrevivido a períodos glaciais anteriores, o que deixou cientistas intrigados. Se essa mudança climática mais recente foi o que levou à extinção do Smilodon, então algo específico deve ter ocorrido nesse evento que não estava presente nos períodos glaciais anteriores. Por isso, uma hipótese sugere que uma grande proliferação de doenças agravada pelo ambiente hostil foi o que causou essas extinções em massa.

A teoria da falta de alimentos

A dieta dos tigres-dente-de-sabre incluía animais como bisontes, veados e preguiças-gigantes, muitos dos quais foram extintos ou começaram a sofrer quedas populacionais na mesma época que o dente-de-sabre, o que levou alguns cientistas a acreditar que foi isso o que causou o fim da espécie. Os números de bisontes caíram dramaticamente à medida que as pastagens se transformavam em florestas, sugerindo que fatores ambientais restringiam as suas populações. Quando os humanos acabaram chegando à América do Norte, eles representaram ainda mais competição, disputando diretamente com o Smilodon por fontes de comida cada vez mais escassas.

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A teoria da caça humana

Se analisarmos a linha cronológica de eventos, a extinção dos tigres-dente-de-sabre também coincide com o período em que os humanos começaram a dar grandes passos no desenvolvimento de tecnologias de caça. Isso pode ser rastreado mais facilmente na época das tribos Clóvis, um grupo de humanos primitivos conhecidos por suas armas relativamente desenvolvidas para o seu tempo. Nesse caso, os humanos não teriam caçado os tigres-dente-de-sabre por comida, mas simplesmente por proteção ou até mesmo por esporte. No entanto, alguns pesquisadores refutam essa hipótese, afirmando que os seres humanos não tinham os meios necessários ou até mesmo o desejo de levar outros animais à extinção nessa época.

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