Hoje trabalhamos tanto e unimos tantos esforços para criar formas de produzir energia de um jeito limpo e renovável – como energia solar ou eólica, por exemplo. Será que ninguém nunca pensou em captar energia das ondas do mar? Claro que pensou, meu amigo. Vem cá que eu te conto.

A energia das ondas

A energia das ondas é chamada de ondomotriz e provem do aproveitamento do movimento do mar para produzir energia limpa, sem custos ao meio ambiente. Ela vem sendo estudada desde 1890 e infelizmente, até hoje, ainda não é realizada de forma comercial.

A ondomotriz é um tipo de fonte renovável de energia que se utiliza do movimento marítimo para movimentar as bobinas e gerar energia. Diversos países tem se esforçado muito para conseguir aproveitar seus mares na geração de energia elétrica, dentre eles se destacam Portugal, Reino Unido, Noruega e Japão.

A vantagem é que ao contrário do que ocorre na produção de energia eólica, existem uma enorme variedade de tecnologias que são capazes de captar a energia das ondas, assim gerando inúmeras formas diferentes que variam de acordo com as características geológicas do local e também da profundidade. Existem também muitos protótipos em fase de teste.

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Ondomotriz no Brasil

Em novembro de 2012 foi realizado testes experimentais na Usina de Cepém que foi instalada no quebra-mar do Porto do Cepém no Ceará. Ela utiliza a tecnologia desenvolvida pelo Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (COPPE) que faz parte da Universidade Federal do Rio de Janeiro e é o primeiro empreendimento deste tipo de toda a América Latina. A Usina de Cepém possui capacidade para produzir 100MW apenas com as ondas do mar. Os testes foram considerados um grande sucesso e em breve, após investimentos, pode retomar sua produção em outros pontos do Brasil.

Parque de Ondas da Aguçadoura

O Parque de Ondas da Aguçadoura, também chamado de Aguçadoura Wave Parke ou Okeanós, foi o primeiro parque do mundo a aproveitar energia das ondas para gerar energia elétrica. Ele fica em Póvoa de Marzim, em Portugal e era constituído por três geradores Pelamis que foram instalados ao norte da cidade, 5 km da costa a freguesia da Aguçadoura.

Durante a primeira fase de sua existência (2008) o Aguçadoura I era capaz de produzir 2,25MW, ou seja, energia suficiente para alimentar 1500 casas. A ideia era que o Parque fosse uma grande central constituída por 28 máquinas que produziriam 24MW para abastecer 250 mil habitantes, constituindo assim o Aguçadoura II.

A tecnologia do parque era da empresa britânica Ocean Power Delivery enquanto o investimento foi feito pelo grupo português Enersys. O local – Póvoa de Varzim – foi escolhido devido a sua profundidade das águas, energia das ondas e também proximidade com os portos marítimos além da facilidade para ligação com a rede elétrica. O primeiro gerador de 750kW foi instalado em 15 de julho de 2008, o segundo no final de agosto e o terceiro em 23 de setembro. A potencia era de 2,25W, porém os novos geradores já possuem maior capacidade.

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Outros locais

Também houveram protótipos que operam há 10 anos nas duas centrais de Coluna de Água Oscilante. A Central de Ondas do Pico fica na Ilha do Pico em Açores que é utilizada pelo Centro de Energia das Ondas para pesquisa. Já a outra fica na ilha de Islay, na Escócia, e é utilziada pela Voith Hydro Wavegen. Também existem protótpios em AWS na Aguçadoura, Portugal, no mesmo lugar onde os três Pelamis foram testados. Já os testes mais recentes todos têm sido realizados pela European Marine Energy Centre nas Ilhas Orkney, Escócia.

Energias Renováveis

Hoje muitas pessoas da comunidade científica reservam seus tempos e esforços no desenvolvimento de energias renováveis. Enquanto pensamos apenas em energia solar ou eólica, a cada dia os pesquisadores tem feito maiores descobertas. Atualmente dentre as energias renováveis tempos o biocombustível, a biomassa, a energia azul, a energia geotérmica, a energia heliotérmica, a energia hidráulica, a hidroeletricidade, a energia sola, a energia eólica, a energia mareomotriz, a energia ondomotriz e por último, a energia das correntes marítimas.

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