Sheldon Adelson, magnata dos cassinos, voltou a figurar no topo da lista de pessoas mais ricas da indústria global de jogos. O presidente e CEO da Las Vegas Sands Corp é, hoje, a 28º pessoa mais rica do mundo, de acordo com a “Lista Mundial de Bilionários 2020”, da Forbes. Seu patrimônio líquido é estimado em US$ 26,8 bilhões.

Ainda de acordo com a publicação, Sheldon é o único entre os 30 empresários mais ricos do mundo a estar diretamente envolvido com o universo dos jogos de azar. Aos 87 anos, o magnata conquistou parte de sua riqueza ao investir em cassinos em Macau e Singapura.

Outro dado curioso é que, segundo a Forbes, 51% dos super-ricos estão mais “pobres” que no ano passado. “Em termos brutos, os bilionários do mundo valem US$ 8 trilhões, uma queda de US$ 700 bilhões em relação a 2019”, observou a publicação. Além disso, existem atualmente 2.095 bilionários em todo o mundo, 58 a menos de um ano atrás.

Cassinos

Magnata dos cassinos deseja investir no Brasil

O magnata dos cassinos Sheldon Adelson já declarou, mais de uma vez, seu interesse em investir no Brasil. Isso só pode ocorrer, contudo, caso o decreto que proíbe o funcionamento de cassinos no país seja derrubado. Hoje, as plataformas online são a única opção disponível para os apaixonados por jogos de azar em terras tupiniquins, onde são vários os cassinos com bônus de boas-vindas, permitindo que seus usuários realizem apostas sem pagar nada.

De origem humilde, o magnata construiu um verdadeiro império no ramo de jogos de azar, o que o elevou ao posto de 28º pessoa mais rica do mundo. O bilionário esteve no Brasil em maio de 2019 e, na época, aproveitou a oportunidade para falar sobre seu interesse em realizar investimentos no país.

“Estou aqui para considerar o investimento em um ou mais resorts integrados”, afirmou em entrevista ao Valor Econômico. Ainda segundo o empresário, seu interesse é que os cassinos fiquem restritos aos complexos turísticos – o modelo integrado que, para a companhia, “é a única que pode trazer os benefícios desejados”.

Para Sheldon Adelson, a legalização dos cassinos no país poderia gerar novos empregos e aumentar o fluxo de visitantes internacionais no país. Como exemplo, cita Singapura, que possui alguns dos cassinos mais luxuosos do mundo. Lá, a receita de turismo aumentou de US$ 18,9 bilhões para US$ 27 bilhões entre 2010, quando os resorts com cassinos integrados foram abertos, e 2017. Também foi registrado um crescimento na entrada de turistas estrangeiros, que foi de 11,6 milhões para 17,5 milhões. No Brasil, em comparação, esse número em 2017 foi de 6,5 milhões – sendo considerado um recorde histórico.

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Empregos e renda para o Brasil

De acordo com dados fornecidos pelo Instituto Jogo Legal, a proibição dos jogos e cassinos faz com que o Brasil deixe de arrecadar R$ 20 bilhões em impostos, o que poderia auxiliar na superação do atual rombo das contas públicas nacionais. O cálculo foi realizado tomando como base países que já permitem a prática em seu território e, segundo as estimativas, o valor arrecadado poderia suprir o orçamento do programa Bolsa Família durante oito meses.

Já no que diz respeito ao potencial de empregabilidade, os dados apontam que o mercado de apostas poderia gerar cerca de 1,3 milhões de novos empregos. Desses, 659 mil vagas seriam diretas. O volume é maior que o dobro de empregos gerados em 2018.

O decreto que proíbe o funcionamento de cassinos no Brasil foi assinado em 1946, pelo então presidente da República Eurico Gaspar Dutra. Na época, existiam cerca de 70 cassinos no país e 40.000 trabalhadores na indústria de jogos. A proibição teve um impacto extremamente negativo nas cidades que viviam do turismo ligado aos jogos.