Os sonhos são basicamente histórias e imagens que nossas mentes criam enquanto dormimos. Todos nós sonhamos frequentemente, mesmo que não nos lembremos no dia seguinte. Por conta disso, cientistas têm realizado vários estudos sobre o sono e os sonhos nas últimas décadas, mas mesmo com todo o avanço científico e tecnológico construído ao longo dos anos, ainda não temos 100% de certeza sobre a função do sono, ou exatamente como e por que sonhamos. Mas ainda assim, já descobrimos bastante coisas interessantes a respeito.

Hoje, já sabemos que nosso ciclo de sonhos é tipicamente mais recorrente e mais lembrado durante o estágio REM, que basicamente é a fase mais “profunda” do sono. Também é comumente aceito na comunidade científica que todos sonhamos diariamente, embora a frequência com que os sonhos são lembrados varie de pessoa para pessoa. A questão de se os sonhos realmente têm uma função fisiológica, biológica ou psicológica ainda precisa ser respondida. Mas isso não impediu os cientistas de pesquisarem e especularem.

Existem várias teorias sobre o porquê de sonharmos. Uma diz que os sonhos trabalham lado a lado com o sono para ajudar o cérebro a arquivar apenas o necessário entre tudo o que você viveu no dia. Seu cérebro é bombardeado por centenas de milhares, se não milhões de informações por dia. Algumas são detalhes sensoriais menores, como a cor de um carro que passou por você na esquina, enquanto outros são muito mais complexos, como os detalhes de uma apresentação que você está organizando para o seu trabalho. Durante o sono, o cérebro trabalha para vasculhar todas essas informações e decidir o que agarrar e o que esquecer. Alguns pesquisadores acham que os sonhos desempenham um papel nesse processo.

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Outras pesquisas se apoiam na ideia de que os sonhos estão ligados à maneira como formamos as memórias. Estudos indicam que quando estamos aprendendo coisas novas os sonhos tendem a aumentar enquanto estamos dormindo. Eu, inclusive, já presenciei esse fenômeno pessoalmente quando comecei a aprender inglês. Eu passava tanto tempo exposto à nova língua que era relativamente comum sonhar com algumas palavras que havia aprendido recentemente. A medida em que ia me acostumando com o idioma, esse tipo de sonho ia diminuindo de frequência, já que agora as palavras não eram tão novas pra mim como anteriormente.

Outra teoria é que os sonhos refletem nossas emoções. Durante o dia, nossos cérebros estão trabalhando duro para fazer conexões e cumprir certas funções. Quando você se depara com um problema de matemática complicado, seu cérebro fica incrivelmente focado nisso e o cérebro não serve apenas funções mentais. Se você está pintando o seu quarto, o seu cérebro está focado em fazer as conexões certas para permitir que suas mãos trabalhem em conjunto com o pincel para fazer a retoque perfeito. O mesmo vale para outras tarefas como acertar um prego com um martelo. Provavelmente você já perdeu o foco e acertou o dedo porque sua mente estava em outro lugar, não é mesmo?

Há também uma teoria, definitivamente a menos intrigante de todas, que afirma que os sonhos na verdade não servem para nenhuma função, que eles são apenas um subproduto inútil do cérebro que “dispara” enquanto dormimos. Alguns acham que se trata apenas de um “descanso cerebral” e que os sonhos são disparos aleatórios e sem sentido do cérebro que não temos quando estamos acordados.

A verdade é que, enquanto o cérebro continuar sendo um mistério, provavelmente não poderemos afirmar com absoluta certeza a causa exata dos nossos sonhos. Mas no final das contas isso é o de menos, afinal, continuaremos sempre a ter sonhos e mais sonhos, independente de sabermos o que eles realmente são ou não.

Qual foi o sonho mais estranho que você já teve? Conte para a gente nos comentários!