Todos conhecemos a história da querida cadela Laika que foi enviada pela, na época, união soviética para ser o primeiro ser vivo terrestre a orbitar o planeta Terra. Sua nave – Sputnik 2 – partiu em 3 de novembro de 1957 e, infelizmente, Laika faleceu de 5 a 7 horas após o lançamento. Só foi descoberto décadas depois que Laika teria falecido em função do estresse sofrido e também do superaquecimento que provavelmente aconteceu em função de uma falha no sistema de controle térmico na nave.
O que nem todos sabem é que já era previsto que Laika foi enviada em uma missão homicida, isto porque não haveria forma segura de fazê-la retornar a terra. O plano – cruel – dos soviéticos era alimenta-la com comida envenenada após 10 dias no espaço. Em 14 de abril de 1958 a Sputnik 2 explodiu junto com Laika ao entrar em contato com nossa atmosfera. Durante a corrida aeroespacial, Laika não foi a única cobaia viva a ser enviada para o espaço, diversos outros animais também tiveram esta cruel missão.
Em agosto de 2004 foi publicado pela NASA um artigo chamado ‘Uma breve história dos animais no espaço’ que conta um pouco sobre as experiências realizadas. Segundo eles, os animais enviados foram peça fundamental para descobrir quais seriam os efeitos do espaço em mamíferos, a grande verdade é que pouquíssimas pessoas haviam percebido na época que os Estados Unidos e a Rússia jamais trariam estes animais de volta com vida, isso porque além de ser uma tarefa difícil, gastaria ainda mais recursos que poderiam ter sido utilizados em outras experiências.
Foram enviados cachorros, chimpanzés, macacos e diversas outras espécies de animais como cobaias que jamais retornaram a viver na Terra, muitos deles ainda orbitam livres por ai como lixo espacial. Vendo de forma fria e científica, este foi um mal necessário para que nossos astronautas pudessem partir em segurança. Porém, você já parou para pensar no desespero que esses pobres bichinhos sentiram ao chegar no espaço, prontos para a morte certa? Não é difícil perceber que nossa história sabe bem como ser cruel.
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