Embora os patrocínios para jogadores profissionais se tornem a cada dia mais comuns, alguns meios de comunicação não cobrem mais os eSports. O ponto a considerar é se essa falta de cobertura se deve a que esses sites não apostam pelo futuro dos eSports, tem poucas informações sobre eles, ou se os eSports vão simplesmente ser sempre considerados apenas como um evento de exibição.

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Os eSports e a cobertura esportiva

Os eSports são um tipo de esporte que continua a se expandir a cada dia, com milhões de gamers participando de forma competitiva neles todos os dias. Muitas grandes empresas e clubes desportivos, têm se dedicado ao patrocínio e promoção dos mesmos, incluindo ao time com mais torcedores no mundo, o Flamengo do Brasil, que tem sua equipe de atletas de eSports, concentrados numa casa de jogos e treinando, da mesma forma como fazem os seus times de futebol e regatas. No entanto, devido à grande variedade de times, torneios e videogames que podem ser encontrados nos eSports, algumas mídias não foram capazes de cobrir todos os eventos, ou não fizeram isso corretamente.

Um fato que causa consternação no mundo gamer é que o site inglês Mail Online, que é um subsidiário do famoso Daily Mail, decidiu encerrar a sua seção dedicada à cobertura de eSports desde a segunda semana de setembro. O motivo que causou a demissão de jornalistas dedicados aos eSports, e do final da seção, foi apontado como a falta de orçamento para cobrir o trabalho dos dois jornalistas que cobriam eSports na versão online do diário britânico. Esta notícia tornou-se muito importante no Reino Unido, porque os eSports tem atraído muita importância na Inglaterra, já que um dos times mais valiosos do mundo, o Manchester City, que também é o atual campeão da Premier League, investiu fortemente na sua equipe de eSports. Isso chamou a atenção de vários meios de comunicação internacionais, e inspirou outras equipes a seguir seus passos.

Os eSports são considerados como um esporte real

Além dos eSports terem atraído a atenção de equipes profissionais de alto nível como o Manchester City da Inglaterra, o Flamengo do Brasil, e o próprio Paris St. Germain da França onde joga Neymar Jr, os grandes torneios de eSports começaram a ser considerados em plataformas que tradicionalmente baseiam o seu conteúdo em esportes tradicionais. Um exemplo disso é o site de notícias esportivas ESPN, que tem uma seção dedicada a eSports, com seguimento para eventos e jogadores nesse esporte. Outro exemplo é o site da Betway eSports, que tem uma seção dedicada aos torneios de eSports dentro de sua plataforma de apostas esportivas, abrindo suas operações para torneios como o CS: GO, League of Legends e Hearthstone, entre muitos outros. Localmente, a plataforma online da SporTV, da rede Globo, também tem uma seção dedicada aos eSports, chamada E-SporTV, que é dedicada a dar um seguimento detalhado aos eSports dentro do Brasil e as principais competições ao redor do mundo.

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De competições milionárias a esportes olímpicos

Os eSports saltaram para os principais jornais e notícias esportivas, devido a fatores como a grande quantidade de receita que o mercado de videogames tem em todo o mundo, bem como os grandes prêmios em dinheiro que alguns torneios podem alcançar. Um exemplo recente foi o torneio de verão do videogame Fortnite, onde os prêmios distribuídos chegaram aos R$31 milhões, segundo o site TechTudo. Também dentro do contexto deste videogame, o jogador mais reconhecido a nível mundial, o ‘Ninja’ tem patrocínios de marcas reconhecidas como a Red Bull, e transmissões ao vivo através da plataforma Twitch, onde quebrou recordes de audiência quando jogou contra o rapper canadense Drake uma partida de Fortnite, chegando aos 630.000 espetadores. Além disso, os eSports estão sendo considerados a se tornarem um esporte de exibição nos próximos Jogos Olímpicos de Paris 2024, e existe a possibilidade de que estes se tornem uma disciplina olímpica no futuro.

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Embora ainda existam vários aspectos a serem analisados pelo Comitê Olímpico Internacional a esse respeito, os eSports estão ganhando o reconhecimento que merecem, apesar de alguns meios de comunicação ainda não terem decidido apostar completamente na cobertura adequada dos mesmos.