Na Mitologia Grega, Caronte é o barqueiro servo de Hades. Ele é responsável por carregar a alma dos mortos pelo Rio Estige e Aqueronte. Esses rios dividem o mundo dos vivos e dos mortos. Ele era filho de Nix, a deusa da Noite e de Érebo, o deus da escuridão.

O barqueiro só atravessa as almas de cujos mortos tinham sido enterrados com moedas, para pagar a travessia. Era tradição na Grécia enterrar os mortos com moedas, pois se não pudessem pagar a travessia, os mortos tinham de vagar pela margem terrestre do Rio Aqueronte por cem anos.

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Nenhum ser humano vivo podia atravessar no barco de Caronte, somente se carregasse consigo um ramo de acácia, que era a árvore consagrada a Perséfone, esposa de Hades. Poucos mortais se arriscaram a fazer a travessia, entre eles: Héracles, Enéias, Orfeu e Teseu.

A história de Caronte

A história conta que Caronte foi castigado por Zeus após ter tentado roubar a caixa de Pandora. Zeus o condenou a ficar para sempre navegando pelos dois rios, carregando a alma dos mortos. Diz-se também que ele tinha um irmão, Corante e ambos faziam juntos a tarefa de atravessar as almas. Ambos deviam ser pagos, caso houvessem gorjetas, eram divididas entre eles. Porém Corante passou a desconfiar que o irmão estava roubando as gorjetas. Após um ano de brigas, Caronte assassinou o irmão, afogando-o no rio. Sua morte deu uma cor avermelhada as águas.

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Os gregos retratavam Caronte como um homem feio e barbudo. Velho e magro. Usava vestes de cor sombria, manchadas pelo limo dos rios. Geralmente era representado de pé, sobre seu barco, segurando o remo com as duas mãos. Muitas vezes sua face foi representada coberta por um capuz ou uma máscara, pois dizia-se que ele era tão horrendo que assustaria as almas, assim ninguém gostaria de fazer a travessia para o mundo dos mortos em sua barca.

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