Para a maioria das pessoas, a música tem um lugar importante em sua vida no dia-a-dia. Alguns escutam música durante a ida ao trabalho, enquanto outros montam uma lista de reprodução favorita para ficarem ouvindo durante um treino na academia. Muitas pessoas ainda usam o bom e velho aparelho de som quando estão cozinhando, tomando banho ou dobrando a roupa.

A música é frequentemente ligada ao humor. Uma certa música pode nos fazer sentir felizes, tristes, enérgicos ou relaxados. Como ela pode ter um impacto tão grande na mentalidade e no bem-estar, não é surpresa que ela seja empregadas no tratamento de problemas relacionados à saúde mental. Esse conjunto de técnicas baseadas na música é chamado de musicoterapia.

A musicoterapia moderna originou-se na década de 1940 após a Segunda Guerra Mundial. Centenas de soldados com transtorno de estresse pós-traumático foram internados em hospitais. Músicos comunitários começaram a visitar esses hospitais para brincar com aqueles que sofreram os traumas. Enfermeiros e médicos notaram uma resposta física e psicológica positiva, com as melodias transformando os pacientes de uma certa forma que as terapias tradicionais não conseguiam. Não demorou muito para que esses hospitais começassem a contratar músicos periodicamente.

Na musicoterapia, um terapeuta usa a música para atender às necessidades físicas, emocionais e sociais de um indivíduo. Ouvir e criar música dentro de um contexto terapêutico permite que os indivíduos se expressem de formas não-verbais. A interação da melodia, harmonia e ritmo estimula os sentidos de uma pessoa e promove a tranquilidade, controla a respiração, a frequência cardíaca e outras funções corporais.

O envolvimento musical, especialmente quando combinado com a terapia da fala, aumenta os níveis de dopamina, que desempenha um papel fundamental no comportamento e motivação das pessoas. O tipo de música usada geralmente é adaptado às necessidades do paciente. É comum empregar várias combinações de sons ao mesmo tempo.

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Estudos destacam três razões plausíveis pelas quais a musicoterapia pode funcionar: primeiro, proporciona uma sensação de prazer, que atrai o paciente passivo; segundo, esse tipo de terapia envolve o corpo e faz com que as pessoas se mexam, pois a participação física evita a depressão; e, por último, a música nos ajuda a nos envolver, comunicar e interagir com os outros.

A musicoterapia geralmente é ativa ou passiva. Na terapia ativa, o terapeuta e o paciente compõem a música usando um instrumento ou a voz. O paciente é encorajado a compartilhar pensamentos e sentimentos que aparecem com a composição. Idealmente, durante todo o processo, o indivíduo desenvolve pensamentos sobre seus problemas e suas possíveis soluções. Na terapia passiva, os indivíduos ouvem a música enquanto meditam, desenham ou fazem algum tipo de atividade reflexiva. O terapeuta e o paciente conversam entre si sobre os sentimentos ou memórias evocados pela música.

Apesar de fortes evidências apoiarem o uso da musicoterapia no tratamento de depressão, insônia e ansiedade, é importante destacar que a ela é apenas uma das várias formas nas quais esses problemas podem serem tratados. É sempre necessário conversar previamente com um médico que pode ajudar o paciente a escolher o tratamento mais eficaz para atender às suas necessidades.

A música é realmente poderosa, você conhecia a musicoterapia? Comente!